Assim como as mulheres, as cadelas e gatas também sofrem com o câncer de mama
O câncer de mama em cadelas é uma das principais neoplasias nesses animais. De acordo com o Conselho Federal
José Francisco da Costa
Veterinário
Colibri Animal Center
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de Medicina Veterinária (CFMV), atinge cerca de 45% das fêmeas caninas, enquanto que nas fêmeas felinas essa taxa é em torno de 30%. Além disso, na maioria dos casos, os nódulos descobertos podem ser malignos. Os dados também revelam que a incidência de tumores malignos é maior em gatos.
O que é o câncer de mama?
O câncer é uma doença multifatorial, caracterizada como um crescimento desordenado de células no organismo. No caso dos tumores mamários, essa multiplicação celular se dá nas mamas do animal. Além disso, reúne componentes genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais.
Apesar de ser comum nas fêmeas caninas, por conta da produção de hormônios como estrógeno e progesterona, o câncer de mama também atinge em menor proporção cães e gatos machos, por isso, a prevenção deve ser feita em ambos os sexos. Além disso, não existe predisposição de raça, portanto, qualquer pet pode ser alvo da doença.
Causas
Alguns fatores podem estar relacionados ao surgimento do câncer de mama em cadelas, como a aplicação de medicamentos contraceptivos hormonais.
Fêmeas não castradas são mais propensas a desenvolver a neoplasia, uma vez que, durante o cio, há uma descarga hormonal muito grande no organismo.
Gravidez psicológica, essa disfunção hormonal que ocorre nas cadelas é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Outros fatores como sobrepeso e obesidade, bem como idade avançada contribuem para que surjam os tumores na região das glândulas mamárias nas cadelas e gatas. Entretanto, diferente de outras doenças, inclusive neoplasias, não há relação comprovada entre raças e o surgimento do câncer de mama em cadelas. Também não há relação com a existência ou não do acasalamento/cruza ou a necessidade do animal ter uma cria como muitos acreditam.
Sinais clínicos
O diagnóstico precoce do câncer de mama em pets é fundamental para a eficácia do tratamento, além de aumentar as chances de cura ou sobrevida do animal. Por essa razão, orientamos que sempre que possível, examine as mamas de seu pet e na existência de qualquer um desses sintomas, procure imediatamente orientação do médico veterinário de sua confiança.
•Nódulos na região das mamas;
•Inchaço ou dilatação nas mamas;
•Dor ou incômodo frequente;
•Presença de secreções nas mamas com odor desagradável.
Tratamento
A partir do diagnóstico, por meio de exames clínicos e laboratoriais, o médico veterinário irá determinar a melhor conduta para tratamento da doença. Na maior parte dos casos, a primeira ação adotada é a remoção completa do tumor por meio de intervenção cirúrgica associada a castração em casos de animais não castrados.
Após a retirada do tumor, o nódulo é enviado para análise histopatológica para identificação do tipo de tumor. Quando o tumor for benigno, a cirurgia é o bastante para que o animal fique bem e não apresente complicações futuras. No caso de neoplasias malignas, pode ser necessária a indicação de tratamentos como quimioterapia após a remoção cirúrgica na tentativa de prevenir reincidências ou metástases.
Prevenção
Por ser uma doença grave, que pode levar o animal à morte, é importante orientar os tutores quanto a importância da castração precoce das cadelas e evitar o uso de contraceptivos hormonais.
Quando a castração é realizada de forma precoce, as chances de surgimento do câncer em cadelas são mínimas. Esse risco aumenta à medida que a cadela tem novos cios. É importante lembrar que as fêmeas castradas mais tardiamente precisam passar por exames periódicos e devem ser observadas com atenção.
