Candidatos perdem emprego no primeiro contato telefônico

Especialista explica como estar preparado para receber a ligação da empresa contratante e ir bem nas entrevistas

Receber uma ligação com uma proposta de emprego é algo muito bom nos dias de hoje. A esperança de voltar ao  mercado de trabalho, de ter uma segurança financeira, é muito bem-vinda. O mercado de trabalho está começando a reagir, em ritmo lento, mas gradativamente sobe dia a dia.
O primeiro contato da empresa com um candidato, geralmente, é a ligação telefônica, provavelmente, marcando uma entrevista, e é aí que pode morar o perigo.
Muitos selecionadores utilizam como filtro o primeiro contato telefônico, para saber como o futuro colaborador da empresa vai atender seus clientes. É um filtro muito bom, pois o candidato a emprego esquece que está sendo analisado através de uma simples ligação.
Simpatia, boa educação, boa fluência verbal, rapidez no atendimento, presteza e outros pontos são muito analisados nesse primeiro contato. Porém, o que tem acontecido, segundo relatos de muitos consultores e selecionadores, é o mal atendimento por parte desses candidatos – isso quando os selecionadores conseguem falar com os mesmos.
Hoje, é impressionante o número de curriculuns descartados por não conseguirem contato com os candidatos. É telefone que não atende, e-mail sem resposta e outras situações. Antigamente, os curriculuns tinham validade de 1 ano da entrega do mesmo na empresa. Agora, o prazo é de 6 meses e, depois, são descartados.
Muitos candidatos são reprovados no primeiro contato telefônico, justamente pela agressividade, grosseria e, muitas vezes, falta de educação mesmo. Estudos indicam que as pessoas têm atendido mal as ligações também por causa daquelas ligações que incomodam muito o nosso dia a dia (CALL CENTER). Consequentemente, as pessoas assimilam todas as ligações a essas. O problema é que você pode atender mal uma ligação que fará um grande diferencial na sua vida, um emprego.
Quanto ao candidato, o que geralmente acontece é o grande número de perguntas do candidato ao selecionador da empresa, mesmo antes dele ir para a entrevista presencial. É uma sucessão de perguntas que, às vezes, impedem o candidato de participar de uma entrevista pessoal. As perguntas mais comuns do candidato para o entrevistador são:

– Qual a função?
– Qual o horário de trabalho?
– Onde vou trabalhar?
– Qual o salário?
– Quais os benefícios que a empresa oferece?
– O que vou fazer?

E muitas outras perguntas. As perguntas não estão totalmente erradas, porém, o candidato perde uma grande oportunidade de não estar presencialmente na empresa, e aí sim, verificar função, horário, negociar um salário melhor, bem como também os benefícios.
Quando uma empresa entrar em contato com você é poque você enviou o curriculum para a mesma. Seja pronto para participar de uma entrevista presencial. Uma vez estando na empresa, você consegue negociar a vaga, salário e outros pontos. Estar dentro de uma empresa para participar de um processo de seleção é 70% de possiblidade de você conseguir a vaga. Evite um monte de perguntas e diga que está à disposição da empresa para entrevista.
Em caso de uma entrevista presencial: chegue com 15 minutos de antecedência, tenha em mãos um curriculum atualizado e impresso (nada de virtual nesse momento), esteja devidamente vestido para a vaga (cuidado com exageros nesse momento, nem menos, nem mais). Ouça com atenção o que a empresa vai passar para você, esteja aberto a treinamentos, a novos desafios, não seja uma pessoa muito questionadora.
Nesse momento da entrevista, ouça mais e fale menos, saiba interagir na hora certa; com certeza, você irá se destacar na entrevista. As empresas estão analisando muito o potencial humano do candidato, o que ele pode contribuir, agregar novos valores, ser uma pessoa globalizada, estar atualizado com sua profissão e o que esteja próximo dela.
Por isso, participe dos processos de seleção presencial e esteja aberto a novas possibilidades. Sucesso para você na próxima entrevista.

Odair Camargo
Coach especialista em treinamentos e RH,
Headhunter