Estamos em pleno século XXI, onde a tecnologia é um dos principais aliados na era da comunicação, são muitas as opções que as pessoas têm de manter contato umas com as outras.
“Porém, quando falamos de emprego, a posição se complica. Candidatos fazem seu currículo, enviam através da internet para sites especializados ou enviam diretamente para empresas, CRTC, agências de emprego e outros, e, mesmo assim, às vezes, o candidato não tem retorno”, explica Odair Camargo Consultor de RH, Headhunter and Coaching. Ele ainda acrescenta que “muitas vezes, não é que o candidato não foi selecionado. Empresas relatam a grande dificuldade que têm em entrar em contato com os candidatos. Por mais incrível que possa parecer, uma das grandes dificuldades que as empresas hoje apontam na hora de contratar um funcionário é conseguir falar com o mesmo”.
Odair afirma que, com o uso do celular, do e-mail, propriamente ninguém mais fica sem contato e, mesmo assim, o não retorno dos candidatos é considerado grande. “Muitos candidatos não atendem ligações de números que não conhecem. Isso se deve a essas ligações de bancos e de call center, aquelas ligações indesejáveis que atormentam a vida de muita gente; candidatos têm ‘medo’ de atender números desconhecidos”.
Outro fato que acontece é a troca de número de celular do candidato. “Com a facilidade de chip barato, trocar o número simplesmente por ofertas de operadoras e brindes se tornou habitual, mas se esquecem que o número no curriculum é o antigo”, diz Odair
“Outra fonte de comunicação é o e-mail. Muitos candidatos utilizam esse recurso e destacam isso no curriculum, porém, não são todos os candidatos que têm o hábito de abrir seus e-mails. Alguns candidatos acabam verificando somente uma vez por semana. Lembre-se, caso você coloque o e-mail como forma de contato, você tem que adquirir o hábito de, pelo menos, 2 vezes ao dia, ver as respostas do e-mail.
Importante lembrar que os candidatos têm que aprender a enviar curriculum, não basta simplesmente anexar o curriculum, você tem que manter um diálogo com a empresa, como se fosse um bate-papo e colocando seu curriculum à disposição da empresa e também para fazer uma entrevista quando solicitado”, esclarece o especialista.
Outro ponto que as empresas relatam é a agressividade dos candidatos na hora do contato. “As pessoas estão sendo muito grossas nas respostas, ou também ficam fazendo muitas perguntas para o contato da empresa. Chamamos isso de mudança de posições, onde o candidato vira o entrevistador da empresa solicitante. Os candidatos querem saber salário, horário de trabalho, benefícios e outros, tudo por telefone, e isso é um grande erro do candidato, ele deveria aproveitar a oportunidade de ir até a empresa para então negociar salário e outros benefícios”, enfatiza.
“Não comparecer nas entrevistas é algo que está crescendo também. Os candidatos simplesmente não comparecem nas entrevistas marcadas na empresa, e o mais complicado é que não justificam e não desmarcam. Se o candidato não gostou da vaga oferecida ou desistiu da mesma, é imprescindível que retorne para a empresa cancelando a entrevista, assim deixará sempre uma porta aberta e, num futuro, poderá precisar dessa empresa”, explica Odair.
“Qualquer oportunidade que o candidato deixar passar na busca de emprego, só vai dificultar a vida. Aproveite o momento para conseguir negociar um emprego, um salário. Com o alto índice de desemprego, oportunidades não devem ser descartadas. Atenda seu telefone, verifique seu e-mail, seja educado (às vezes, sua oportunidade está nesse primeiro contato), compareça às entrevistas e conquiste seu emprego”, conclui o especialista.