Assim como todos os componentes mecânicos e elétricos, internos e externos dos veículos, os modelos que têm capota, como os tipos de caminhonetes, exigem também a atenção e cuidado do proprietário.
O comerciante Paulo Henrique Teixeira, de 33 anos, conta que o conserto de capotas surgiu pela grande procura pelo serviço em seu estabelecimento. “Surgiu há dois anos pela insistência, pelo número de procuras por esse serviço. Então, eu fui atrás de aprender, porque antes eu não sabia consertar, e, no início, tive dificuldade em encontrar os materiais e as peças certas. Depois, eu consegui um bom fornecedor, que me fornece tudo o que eu preciso, e aprendi a fazer esse tipo de trabalho. Pessoas de toda região, como Limeira, Paulínia, Artur Nogueira, até mesmo Americana, vêm buscar esse serviço aqui em Cosmópolis”, informa ele.
Os materiais que o especialista usa são: encaixe lateral (chamado de baguete), e as peças cantoneiras de encaixe da armação do alumínio.
Os principais danos que ocorrem nas capotas são problemas de costura e o encaixe lateral, que pode apresentar trincas. “Conforme ocorrem os efeitos do tempo, ou seja, batem sol e chuva, vai apodrecendo a linha em volta, o que a faz descosturar, além de ressecar o baguete. Algumas capotas chegam em tão mau estado que precisamos até substituir por uma nova”, observa o profissional.
A vida útil da capota depende muito do cuidado do proprietário. “Já chegou uma capota aqui com mais de 10 anos. Alguns dos cuidados, como deixar em lugares corretos, ter cuidado em abrir a capota, enrolar ela adequadamente, fazem toda diferença. Há motoristas, na hora de abrir, que puxam a capota de uma vez, o que acaba rasgando; ou quando enrolam, acabam prendendo de qualquer jeito, o que a faz estourar mais rapidamente”, indica Paulo.
Além disso, outros costumes podem diminuir a vida útil da capota: deixá-la tensionada, ou seja, colocar nela uma carga que ultrapasse o limite da altura da caçamba, e esticar a capota; ou também o contato com alguns produtos químicos, que ajudam a apodrecer o material.
Os custos de conserto e troca variam muito de carro e modelo. Paulo informa que, para picapes pequenas, o conserto varia de R$ 80 a R$ 100; para caminhonetes cabine simples, fica em torno de R$ 130 a R$ 200; e cabine dupla, até R$ 250 para reformar. “A troca de capota, quando a danificada não tem mais conserto, custa de R$ 370 para as caminhonetes menores, até R$ 550 para as maiores.