Que a educação foi prejudicada pela pandemia é fato, porém, outros fatores vêm prejudicando o ensino no Brasil há tempos. Desde 1998, as escolas públicas do estado de São Paulo mantêm o sistema de ensino chamado progressão continuada. O aluno só pode ser reprovado depois de cinco anos de estudo. Esse sistema de ciclos praticamente zerou a evasão escolar, mas trouxe resultados duvidosos quanto ao aproveitamento do aluno.
Além disso, a má formação profissional dos professores mostra o outro lado da moeda. Profissionais sem base técnica, nem pré-requisito não podem oferecer ensino de qualidade, aquele educador preocupado com o aluno, interessado em conteúdo e, principalmente, atento aos problemas diários que os educandos trazem de casa, é caso raro. A maioria nem se preocupa em saber o nome do aluno.
A família também tem um papel importante nesta busca pelo ensino de qualidade, valorizar a educação e acompanhar o filho nas suas necessidades escolares fazem uma enorme diferença. A sociedade como um todo precisa participar e cobrar posicionamento sobre um ensino de qualidade. A base educacional dos primeiros anos na escola será decisiva para a formação de profissionais capacitados no futuro.
Roberta Abrahim
Bussamara, formada
Assistente Social pela
PUC- CAMPINAS
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