Sireninha, filho do vento
De Eva Ibrahim
“Sábado de manhã no jornal da cidade estava estampada em manchete a notícia: “Sireninha morreu”. Havia uma foto dele com sua bicicleta e um largo sorriso nos lábios. O vento o trouxe e o vento o levou, foi uma passagem rápida demais. Um menino especial que veio trazer alegria, durante uma década à pequena localidade.
Foi velado na capela onde muita gente foi se despedir; não tinha família, mas tinha amigos, que o acompanharam até sua última morada. Arrecadaram dinheiro e compraram um túmulo para ele. Na lápide, está escrito:
“Aqui jaz o Sireninha, filho do vento e alegria dos amigos”.
Livro Anjos de Prata: Antologia de contos e crônicas