Cérebro humano pode ser exercitado usando a tecnologia, segundo especialista

Em muitos casos, novas tecnologias facilitam nossa vida. Apenas imagine a vida sem os benefícios da comunicação sem fio ou sem a facilidade de acessar informações na internet. Mas, assim como a tecnologia facilita algumas das tarefas do dia-a-dia,  ela está mudando a forma de pensar e processar informações.

A neuropsicopedagoga, Andrea Valente Melanda, explica como a tecnologia pode influenciar na aprendizagem.

“Uma matéria foi divulgada pela NPR, uma ONG americana, sobre a tecnologia e seus efeitos no cérebro. O autor e palestrante Nicholas Carr também escreveu recentemente explicando como o uso de tecnologia mudou a forma que ele absorve e processa informações. A perspectiva do Sr. Carr é que, agora que ele obtém a maior parte das suas informações através de uma tela de computador (ao invés de meio impresso), isto mudou a forma de processar informações e talvez até esteja ‘remapeando seus circuitos neurais’. Ele acredita que esteja perdendo a habilidade de se concentrar e se manter focado em textos longos por ter se acostumado a navegar através de vários pedaços de informações disponíveis na internet.

Desta forma, a tecnologia, uma aliada para a vida cotidiana, pode proporcionar alternativas para exercitar o cérebro, e uma delas são os programas de treinamento para o cérebro via web, jogos nos computadores etc.”,  comenta Melanda.

Mas, há momentos que a tecnologia também pode deixar de ser benéfica para o cérebro. “Quando não encontramos um equilíbrio para minimizarmos os efeitos negativos da tecnologia em nosso cérebro. Um artigo do New York Times oferece argumentos convincentes de que nosso cérebro precisa de um tempo de descanso para ‘digerir’ aquilo que vivenciamos enquanto estamos ativos, o que, às vezes, é difícil em virtude da tecnologia. Isto pode ser bastante nocivo, principalmente, para a memória.

Desestressar é uma maneira cientificamente aceita de se melhorar a memória e outras habilidades

Andréa Valente Melanda
Neuropsicopedagoga
Diretora Pedagógica
SUPERA Ginástica para o Cérebro
Contato: 3872.3532

cognitivas. Entretanto, aparelhos digitais nos fornecem acesso instantâneo a informações e podem aumentar o estresse. Se um e-mail chega à nossa caixa de entrada, sentimos compelidos a reagir, que é na realidade uma forma moderada de reação ‘lutar ou correr’ geralmente associada a eventos estressantes. Enfim, a tecnologia deixa de ser benéfica para o cérebro quando não sabemos equilibrar a sua utilização. A tecnologia é ótima! Ela é a razão pela qual estamos vivendo mais, mais conectados e melhor informados do que qualquer outra sociedade na história. Entretanto, a tecnologia deve trabalhar para nós e não contra nós”, afirma.

Recomendações para exercitar o cérebro com tecnologia

em casa

“Mantenha o cérebro saudável, isto é garantia de qualidade de vida e longevidade. Além de exercitá-lo sempre,  tenha uma boa alimentação, sono adequado, exercícios físicos, controle do estresse, boa socialização e atividades que lhe proporcionam prazer, como dançar, caminhar, ler, viajar, etc..

Possuímos inúmeras indicações para manter nossos cérebros afiados, efetivos e capazes de aprender coisas novas e protegermos nossos cérebros de hábitos danosos e ainda oferecer estimulação contínua e combustível apropriado”, finaliza.