Cetesb fala sobre a situação do ar na cidade de Cosmópolis

Uma boa notícia sobre o ar e o meio ambiente foi disponibilizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) através de um relatório que confirma que a emissão de dióxido de carbono equivalente (CO2q) caiu de 4,3 milhões de toneladas para 3,3 milhões, representando quase 21,5% de queda dentro dos últimos quatro anos na RMC.

Esse perigoso e poderoso gás na queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e desmatamento somou 24,2% a menos no ano passado do que em relação ao ano de 2011 no estado de São Paulo.

O valor é muito significativo já que, nesse mesmo período, houve o crescimento na frota de veículos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que foi de aproximadamente 13,06% dentro do mesmo período.

Sobre a cidade de Cosmópolis especificamente a empresa descreve:
“O município de Cosmópolis está inserido na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que é formada por 19 municípios, possui população em torno de 3,0 milhões de habitantes e frota aproximada de 1,2 milhão de veículos e industrialização expressiva.

A CETESB não dispõe de dados de monitoramento da qualidade do ar em Cosmópolis. No passado, houve monitoramento de dióxido de enxofre nesta cidade que foi desativado em 2010, em função dos baixos níveis observados deste poluente.

As estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar mais próximas estão localizadas em Paulínia (Paulínia e Paulínia Sul) e em Americana. Entretanto, não é possível afirmar que o monitoramento efetuado nestas estações reflita a qualidade do ar de Cosmópolis, em função das diferenças de características das cidades no que se refere ao parque industrial existente, à frota de veículos, etc.

Além das fontes de emissão de poluentes atmosféricos existentes em Cosmópolis, a cidade não está muito distante de Paulínia, de Americana ou mesmo de outras cidades do entorno, podendo haver transporte para o município, principalmente, do poluente ozônio, que se forma na atmosfera.

Embora não haja monitoramento da qualidade do ar no município, conforme o Decreto Estadual nº. 59.113 de abril de 2013, no caso do poluente ozônio, o município de Cosmópolis é abrangido pelo monitoramento realizado nos municípios de Paulínia e Americana. Pelos resultados do monitoramento, o município de Cosmópolis foi classificado pela CETESB como “>M1” para ozônio, em função dos resultados observados em Paulínia, o que coloca o município como prioritário para ações de controle dos precursores deste poluente”.

Quanto a Região Metropolitana de Campinas (RMC), a CETESB possui atualmente 6 estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar, sendo 1 em Americana, 2 em Paulínia e 3 em Campinas, duas das quais foram inauguradas neste ano. Além disto, possui 2 pontos de monitoramento passivo de dióxido de enxofre em Paulínia. A configuração das estações pode ser visualizada através do site http://ar.cetesb.sp.gov.br/configuracao-da-rede-automatica/ ou http://ar.cetesb.sp.gov.br/configuracao-da-rede-manual/.

De maneira geral, nestas estações, o poluente que excede os padrões estaduais de qualidade do ar é o ozônio, o que ocorre em poucos dias do ano. Ressalta-se que a medição deste poluente em Campinas teve início somente no ano 2015.

Os fatores que podem influenciar na poluição do ar, de maneira geral, são também as indústrias e os veículos que possuem papel importante na emissão de poluentes para atmosfera. A Cetesb confirma: “Nos grandes centros urbanos, geralmente, a poluição do ar está associada à emissão veicular, sendo que as emissões das indústrias pode ter papel relevante em áreas muito industrializadas. Em algumas localidades do interior do estado, a queima de palha de cana-de-açúcar também pode contribuir para os níveis de poluição observados. Além disto, existem fontes naturais de poluição como incêndios florestais, ressuspensão da poeira do solo por ação dos ventos, etc. A poluição atmosférica prejudica o ar que respiramos, o clima e pode causar danos à fauna e flora, sendo que a concentração dos poluentes na atmosfera é influenciada diretamente pela distribuição e intensidade das emissões dos poluentes atmosféricos, pela topografia e pelas condições meteorológicas reinantes.”

Existem medidas que podem ser tomadas para evitar cada vez mais esse problema. A população pode adotar algumas atividades simples para reduzir as emissões dos poluentes atmosféricos, como por exemplo, manter o veículo regulado, evitar trafegar em horário de pico, oferecer carona ao seu vizinho, abastecer seu veículo no período noturno e etc.

A Cetesb ainda acrescenta: “A resolução dos problemas de qualidade do ar não é única e passa por uma série de medidas tanto tecnológicas quanto não tecnológicas. Entre as tecnológicas destacam-se: o PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores) e o PROMOT (Programa de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares), onde os veículos novos têm limites cada vez mais reduzidos de emissão; a fiscalização e o controle das emissões industriais; as melhorias nos combustíveis; as melhorias técnicas dos veículos, entre outros. Dentre as medidas não tecnológicas deve-se destacar, além da questão de planejamento e uso do solo, a busca por uma maior eficiência do sistema viário e do transporte público de modo a se evitar ou minimizar o uso do transporte individual automotivo.

Dentre os programas e atividades que a CETESB desenvolve para o controle da poluição destacam-se, entre outros, o PCPV (Programa de Controle de Poluição Veicular, PREFE (Programa de Redução de Emissão de Fontes Estacionárias), a fiscalização e controle das emissões industriais, programa de fiscalização de fumaça dos veículos diesel. Além disto, o PROCONVE e o PROMOT que são programas federais contam com a parceria da CETESB na formulação da legislação, elaboração dos procedimentos de testes e na sua aplicação propriamente dita.

Embora exija ações das diferentes esferas de governo, a redução dos níveis de poluição exige também a participação da população. Ou seja, a mudança de paradigma cultural com priorização do transporte coletivo, utilização de meios de transporte não poluentes como bicicleta, caminhada, não realizar queimas ao ar livre, etc., também contribui para a melhoria da qualidade do ar e da qualidade de vida da população”.