De acordo com uma nova resolução da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os ciclistas que tiverem suas bicicletas roubadas ou furtadas poderão incluir o número de série (chassi) no boletim de ocorrência (B.O.). A medida, que tem por objetivo combater esse tipo de crime e facilitar a identificação dos produtos irregulares, deve ser oficializada por meio de publicação no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.
Existe uma forma de denunciar e informar o furto ou roubo de bicicletas, através do site www.bicicletasroubadas.com.br. Além de denunciar, o ciclista pode atribuir informações como hora e local exato onde aconteceram as ocorrências, e também fotos da bicicleta. Segundo números computados pelos próprios ciclistas, o estado de São Paulo é recorde entre todos os estados de ocorrências registradas de roubo de bicicleta. Ao todo, são 928, 423 roubos e furtos registrados pelos ciclistas do estado, representado 40,46% de ocorrências de todo país.
Antes, os boletins de ocorrência traziam apenas as informações sobre o local, horário e o modo como ocorreu o roubo ou furto. Com o novo dado, que vem gravado no quadro das bikes, a polícia poderá verificar em uma abordagem se a bicicleta é ilícita ou não e, em caso afirmativo, identificar o seu proprietário. Dessa forma, o órgão aconselha a todos os ciclistas a anotarem e guardarem em casa o número de série da sua bike para usá-lo quando necessário.
A equipe do Jornal GAZETA de COSMÓPOLIS conversou com a vendedora na empresa M Bikes, Daiane de Almeida Cunha, que explicou onde ficam localizados os chassis das bicicletas. “Em quase 100% das bicicletas novas, o número vem de fábrica. Esse número pode estar gravado em dois lugares distintos, dependendo do modelo da bike: ou na braçadeira do selim (que segura o banco), ou embaixo do movimento central (eixo dos pedais)”, informa ela.
O número do chassi da bike irá constatar algumas informações sobre ela. Porém, se a bicicleta foi pintada, ou é mais antiga, ela provavelmente não terá mais esse registro. Nesses casos, o ciclista tem a opção de registrar um novo número em sua bicicleta. “O vendedor de uma empresa de bikes especializada pode fazer uma numeração nova para colocar no quadro dessa bicicleta. Ele se baseia em algumas informações sobre o modelo, marca, e data do registro, por exemplo”, explica ela.
No chassi, Daiane observa que podem haver números e letras. “Geralmente, no começo, consta a sigla da marca da bicicleta, feita pelo próprio fabricante. Os números vão de acordo com cada empresa, mas isso será suficiente para que os boletins de ocorrência e as autoridades policiais possam identificar qual bicicleta é a indicada”, afirma.
Porém, a vendedora acrescenta que nas notas fiscais eletrônicas que saem hoje, após finalizar uma venda, não tem possibilidade ainda de incluir o número do chassi nela. “Dessa forma, nós damos um jeito de anotar o número manualmente na nota, para que a bicicleta seja identificada, e também alertamos para que o cliente guarde esse número, para o caso de precisar”, esclarece ela.
Daiane informa que o Cadastro Nacional de Bicicletas possui um site (www.bikeregistrada.com.br) em que é possível acessar diversas informações sobre a bike: alerta de roubo, consulta de bike, transferência, comprovação de propriedade, fotos, selo de segurança etc. “O cadastro é gratuito, e você o cria utilizando um e-mail ou conta no facebook, facilitando a identificação do dono de uma bike roubada de forma rápida e prática”, alerta ela.
A vendedora conta, ainda, que muitos clientes que têm suas bicicletas roubadas voltam à loja para pedir o número do chassi, e então ressalta, mais uma vez, a importância de guardar o número. “Pode tirar foto, mandar no e-mail, gravar no celular, tirar xerox e andar com ele na carteira, deixar em casa… O importante é sempre ter esse número fácil, para não pecar por excesso na localização de sua bike”, adverte ela.
Portanto, em qualquer caso de ocorrência de furto ou roubo de bicicleta, esse número deve ser informado no boletim de ocorrência para que as devidas providências sejam tomadas pelas autoridades. “Isso ajuda muito na localização da bike mais rapidamente… Muitas pessoas a utilizam como meio de transporte, e, portanto, deve-se ter o mesmo cuidado com elas”, finaliza Daiane.