Cirurgia para doação de órgãos é realizada na Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis

Foram coletados pulmão e córneas. Pulmão foi transportado até São Paulo pelo Helicóptero Águia da Polícia Militar

Uma cirurgia para doação de órgãos foi realizada na Santa Casa de Misericórdia, em Cosmópolis, na manhã desta sexta-feira (12).

Três equipes estiveram envolvidas na ação: Hospital de Clínicas da Unicamp; Hospital Albert Einstein, de São Paulo; e Hospital de Sorocaba. Foram captadas as córneas e o pulmão de um doador de 27 anos que teve morte encefálica.

A cirurgia durou cerca de 4 horas. Por volta de 12h, o helicóptero Águia da Polícia Militar pousou no campo de futebol do Cosmopolitano Futebol Clube, na Rua Baronesa Geraldo de Rezende, e ficou no aguardo até a chegada da equipe de ambulância, que foi transportada pela aeronave junto com o pulmão até São Paulo, onde seria entregue para o transplante.

As córneas foram levadas por outra equipe.

Para a equipe da Santa Casa de Misericórdia foi “uma honra poder participar de um momento tão importante, fazendo a captação de órgãos e podendo salvar vidas. Existe uma quantidade significativa de mortes encéfalo e as famílias não optam pela doação. Enquanto isso, a fila de receptores não acaba. A família do doador teve um ato de coragem e amor ao próximo, um exemplo a ser seguido…”

Os dados do doador e do receptor não podem ser divulgados porque a lei resguarda as famílias dos envolvidos, mantendo sigilo.

Segundo dados extraoficiais levantados, uma ação como esta não ocorre no hospital em Cosmópolis há mais de 20 anos.

A equipe de Cosmópolis envolvida na cirurgia é formada pelos seguintes integrantes: Dr. Orasil; Coordenadora RT Silvia Regina Camilo; Enf. Patrícia Rodrigues – Centro Cirúrgico; Nadally; Jessica Gonçalves; Centro de Material; Amanda; Claudionor.

 

Doação de órgãos

A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas.

​A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida.

Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.

Doação após a morte​

Se você quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.

Como fazer a doação no momento da morte de um familiar

Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou à comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital.

Pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará as providências necessárias.

Como é a cirurgia para retirada dos órgãos

A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os cuidados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997.

Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.

Dados retirados do site do Hospital Albert Einstein (https://www.einstein.br/especialidades/transplantes/transplante-orgaos/doacao-orgaos)