Ex-funcionário representou a ocorrência denunciando as agressões físicas e psicológicas
Na tarde de terça-feira, 20, uma clínica de recuperação de dependentes químicos, localizada em um bairro rural da cidade de Cosmópolis, região do Uirapuru, foi denunciada por maus-tratos aos internos, bem como, o Boletim de Ocorrência registrado no DP da cidade, foi representado por um ex-funcionário, contra coordenadores e funcionários do referido local.
De acordo com o documento, o ex-funcionário alega que trabalhava na clínica até a data de segunda-feira, 19, de onde saiu por vontade própria, depois de ser empurrado pelo coordenador (identificado no Boletim de Ocorrência) porque ele não concordava com as agressões e maus-tratos contra os pacientes.
No documento, ele também relatou que dentro da clínica havia quatro pacientes que foram agredidos fisicamente.
Um deles teria sido agredido com pau e prego no peito e ainda teriam apagado cigarro na perna dele; os outros também teriam sido agredidos com murros e socos e um deles teria ficado preso dentro de um local identificado como ‘observação’, apanhando.
De acordo com o histórico, as vítimas confirmaram a versão do ex-funcionário.
O documento oficial também aponta que os pacientes possuem deficiência mental, sendo, a todo momento, oprimidos pelos funcionários, em especial, um dos internos, que possui retardo mental e hoje está com o braço operado devido a uma agressão cometida por um dos pacientes.
Também consta que um determinado funcionário pegou uma barra de ferro no dia 18, domingo, e ameaçou uma das vítimas dizendo que ‘se ele não mudasse’ ele iria lhe agredir com barra de ferro.
As representantes das vítimas estiveram acompanhadas da testemunha na delegacia da cidade, onde uma delas alegou que em uma das visitas ao filho notou que ele estava com ferimento na parte frontal da cabeça (testa).
De acordo com informações da Polícia Municipal, no local havia pacientes com internações particulares e compulsórias (determinadas em juízo).
A matéria sobre agressão também teve grande repercussão nas mídias, inclusive na EPTV Campinas.
Os responsáveis pela clínica e funcionários já foram chamados para depoimento e ainda estão sendo ouvidos sobre o caso.