O modelo clássico e pioneiro da Chevrolet no Brasil é o Opala. O carro, de acordo com site oficial do veículo, foi baseado no alemão Opel Rekord. Com motores de quatro e seis cilindros e duas versões de acabamento, este clássico conquistou a vice-liderança do mercado meses após sua apresentação, em 19 de novembro de 1968, há exatamente 50 anos.
Em Cosmópolis
Aos 50 anos deste clássico, o Clube do Opala de Cosmópolis está ainda mais animado para as exposições. Com um grupo de amigos com a paixão pelo modelo em comum, 16 proprietários de variadas versões do Opala se reúnem para as exposições e encontros.
Para o Presidente do Clube, xxx, o Opala é motivo de orgulho nacional. “O primeiro modelo veio a ser apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 23 de novembro de 1968, já como linha 1969. Em nosso grupo, temos, entre os modelos, dois de ano 1973, porém, um deles é diferenciado. Também temos um 76, teto de vinil, um Las Vegas. E ainda o de ano 1987, diplomata, um dos últimos a serem fabricados. Vale dizer que o último da linha foi fabricado em 16 de abril de 1962, fechando a fábrica e que, por ironia, está aqui do lado, na cidade de Artur Nogueira”.
Clube do Opala
O Clube do Opala de Cosmópolis trata-se de um grupo de amigos movidos pelo interesse e amor a este clássico da Chevrolet. “Infelizmente, ainda não é registrado, porque seria necessário um alvará do DETRAN, além de muita burocracia. Então, chamamos o nosso clube de um grupo de amigos apaixonados pelo carro”.
Reuniões
“Sempre que podemos, nos reunimos para ‘dar uma volta’ com os Opalas. Vamos aos encontros que as cidades da região promovem e, algumas vezes, até de outros estados. Estivemos presentes ainda no Interlagos de São Paulo e alguns dos integrantes da nossa equipe tiveram o privilégio de desfilar lá dentro com nossos modelos, o que, para nós, foi uma honra muito grande. Estivemos, ainda, com nossos modelos em cidades mais longe, como Matão, Torrinha, Cuiabá e Rio de Janeiro”.
Os modelos
As versões do Opala são variadas e estão entre elas: Standard / Special, Luxo, Gran Luxo, Opala SS, Caravan, Comodoro, Diplomata e Caravan Comodoro. Lebrinha, conhecido no meio de carros antigos, tem um dos Opalas mais antigos da cidade e, se tratando deste modelo, um dos únicos com a placa preta, de colecionador. “O meu e do finado Ênio são ‘filhos’ de Cosmópolis. Quando existia o estacionamento do finado Kiosia, o meu veio diretamente para lá, onde era a concessionária da Chevrolet aqui em Cosmópolis, na Rua Campinas. Me lembro até que quem vendeu esse carro foi a Célia Bordin – estes são legítimos e raízes de Cosmópolis”.
Carro de Colecionador
Vale salientar que, para obter a documentação de um carro de colecionador, há burocracia. Lebrinha relata que precisa estar sempre em mãos, além do documento, manual e um documento adicional para andar tranquilamente. “Para quem é fã de carros antigos, conseguir a permissão para portar uma placa preta é uma vitória, já que o item é desejado por muitos colecionadores. Entretanto, obter o reconhecimento não é fácil. Os órgãos responsáveis, como o DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), exigem uma série de documentos antes de permitir que um veículo antigo circule por aí com a placa preta”.
A paixão pelo Opala
“Algumas pessoas pensam: é só um carro velho, mas não é bem assim. Somos pessoas apaixonadas pelo carro, só nós sabemos o que é desfiar um banco e saber que podemos não encontrar mais o mesmo tecido. Nós vamos dirigindo, mas, sempre apreensivos, torcendo para que nunca aconteça nada, porque a reposição de peças é quase impossível”.
