Colégios Técnicos da Unicamp abrem portas para novos estudantes

Evento no Cotuca ocorrerá no dia 17 de agosto; já o programa Cotil de Portas Abertas acontece nos dias 20 e 21 de setembro

Pelo menos 6 mil estudantes são esperados na edição 2024 do programa Colégio Aberto, que tem como objetivo mostrar para a comunidade as atividades desenvolvidas nas duas escolas técnicas da Unicamp, o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e o Colégio Técnico de Limeira (Cotil).

Neste ano, o Colégio Aberto do Cotuca ocorrerá no dia 17 de agosto, das 9 às 18 horas. Já o programa Cotil de Portas Abertas acontece nos dias 20 e 21 de setembro.

Sobre o Cotuca

Segundo a diretora de Ensino do Cotuca, Renata Altenfelder Garcia Gallo, o evento deste ano contará com palestras de orientação sobre o funcionamento da escola e sua estrutura, além de apresentações sobre os cursos oferecidos – tanto do ensino médio integrado ao ensino técnico, como da formação do eixo técnico.

A professora conta que o programa “Colégio Aberto” é supervisionado pelos docentes, mas pressupõe uma participação intensiva dos alunos. “Os stands, as oficinas, enfim, todas as atividades do programa têm uma interface com nossos alunos. Os estudantes ajudam os professores a definir um tipo de oficina e colocam essa oficina em funcionamento. Ou seja, o programa proporciona uma grande interação entre pares – pessoas que estão estudando em contato direto com aqueles que têm interesse em estudar”, afirma a professora.

Para Gallo, o Cotuca têm características atraentes para os estudantes. “O Cotuca é uma instituição pública de excelência. E é importante ressaltar que todos os cursos oferecidos são gratuitos”, diz. “O colégio conta com um corpo docente extremamente qualificado; comprometido com uma educação de excelência, que forma alunos autônomos, críticos, prontos para entrarem no mundo do trabalho”, acrescenta.

O diretor geral do Cotuca, Luiz Seabra Junior, diz que os estudantes que ingressam no colégio ganham a possibilidade real de construção de uma carreira. “Entendo o Cotuca como um portal. Quando você passa por esse portal, conhece diferentes caminhos à sua escolha – desde uma formação técnica de qualidade, até o desenvolvimento de seu potencial para uma carreira mais científica, de pesquisador, por exemplo”, diz.

Segundo Seabra, o Cotuca tem diferentes programas científicos de incentivo à pesquisa em nível médio, que podem abrir portas. “Alunos nossos já estiveram na Espanha, em Dubai, no Panamá. Alguns chegaram mesmo a fazer estágios na Nasa. Ou seja, se você quiser, é só atravessar esse portal, e o mundo estará oferecido para você”, diz o diretor.

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Sobre o Cotil

O diretor de Ensino do Cotil, Wellington de Oliveira, diz que o programa Cotil de Portas Abertas tem uma característica marcadamente prática. Segundo ele, o visitante será levado para palestras e rodas de conversa, mas conhecerá também a estrutura do campus – como salas de aula, refeitórios, bibliotecas e os serviços disponibilizados pela escola.

Além disso, conta Oliveira, os cursos técnicos vão mostrar o cotidiano das salas de aula e laboratórios. O curso de Mecânica, por exemplo, demonstrará o uso de ferramentas e equipamentos. O de Edificações apresentará plantas e desenhos aos estudantes. Já o de Agrimensura realizará até mesmo demonstrações com drones.

Diretor geral do Cotil, Augusto César da Silveira lembra que os colégios têm quase 60 anos de fundação e já estão consolidados. “Temos uma coisa que se chama supervisão delegada. Isso significa que fazemos a certificação de cursos para as escolas técnicas de todo o estado de São Paulo”, afirma.

“Se eu tivesse de convencer um aluno a estudar nos colégios técnicos da Unicamp, diria apenas o seguinte: Olha! Você está dentro da Unicamp e, aqui, você vai vivenciar a vida universitária. Quando tiver terminado o curso, certamente estará preparado para enfrentar sua profissão”, disse.

Acesse o site do Cotil.

Novo cenário

A professora Cristiane Megid, da Diretoria Executiva de Ensino Pré-Universitário da Unicamp (Deepu), diz que os colégios técnicos registraram uma mudança significativa no perfil dos estudantes nos últimos anos. Até o ano de 2017, conta ela, 70% dos estudantes do Cotuca, por exemplo, eram provenientes de escolas particulares. Com a instituição do sistema de cotas, no entanto, essa conta se inverteu.

Segundo Megid, as escolas conseguiram se adaptar ao novo cenário, seja do ponto de vista acadêmico, seja fortalecendo os programas de acesso e permanência – com aumento no valor e na quantidade de bolsas sociais oferecidas.

A professora conta que, de 2022 para 2023, houve aumento de 50% no número de bolsas oferecidas e, de 2023 para 2024, a meta foi equiparar as bolsas oferecidas aos colégios àquelas disponibilizadas aos alunos de graduação da Universidade.

O programa de cotas adotado nos colégios reserva 35% das vagas de cada curso para alunos pretos, pardos e indígenas que tenham cursado todo o Ensino Fundamental II em escola pública, outros 35% para alunos que tenham cursado o Ensino Fundamental II em escola pública e o restante, de 30%, é reservado à ampla concorrência.