Com cinco filhos, ela também trabalha em obras

Ângela já trabalhou em diversos ramos e se qualifica como uma verdadeira batalhadora

Ângela Maria Eduardo, de 45 anos, perdeu o pai cedo, quando ainda era apenas uma adolescente, de 12 anos de idade. Ela diz ter sofrido muito, devido ao amor incondicional entre pai e filha, porém, nas palavras dela, aprendeu muito com os tombos, aprendeu a viver a partir das dificuldades.
A mãe de 5 filhos (4 meninos e 1 menina, de 27, 25, 23, 20, e 17 anos) já trabalhou em diversos lugares diferentes: em lanchonetes; como doméstica; em empresas; em lavouras de café; e, hoje, desempenha uma função inusitada para uma mãe: a de ‘pedreira’. Ângela diz ter nascido para o trabalho. Sua coragem e vontade de batalhar pelo bem da família em meio às necessidades são características de toda mãe batalhadora brasileira, de acordo com ela.
A mineira, natural de Três Pontas – MG e crescida em Varginha, no mesmo estado, criou seus filhos sozinha até certa idade. Depois, contou com a ajuda de sua irmã, que a considera como uma das pessoas mais importantes de sua vida, justamente por sempre ajudá-la em momentos críticos.
Embora o trabalho ajude a sustentar a casa, ela diz que, às vezes, acaba não se comunicando direito com os filhos, que moram em Passos – MG, com sua irmã, devido à falta de tempo ocasionada pelo trabalho pesado. Mas, mesmo assim, nunca perdem o contato e se falam sempre que possível. “Não é pra qualquer um; muitos jovens não fazem o que eu faço. Às vezes, pensava em desistir, mas isso não é pra mim, gosto de ir até o final”, diz.
Ângela tem muita fé em Deus para continuar caminhando, é devota de Nossa Senhora e diz se apegar a ela em todos os momentos difíceis de sua vida. Sem sua fé e seu emocional forte, ela acredita que “não estaria mais aqui”, devido às tantas dificuldades enfrentadas ao longo de sua vida.
Ela finaliza deixando uma mensagem aos mais novos: que não tenham medo, não se calem. “Têm certas coisas que acontecem na vida da gente, que nos deixam com medo, e a gente guarda isso, e fica pior ainda. Converso muito com minha filha, de 17 anos. Sou mãe, amiga, companheira, sempre me comunico com meus filhos”.