Começa julgamento de Guarda Municipal acusado de homicídio

O julgamento de um Guarda Municipal, acusado de matar um jovem durante uma abordagem, acontece nesta manhã de quinta-feira (21), na Câmara Municipal de Cosmópolis.

O julgamento teve início às 9h e não tem previsão de término.

A Juíza da Vara Criminal, da Comarca de Cosmópolis, solicitou o prédio da Câmara, inclusive, para ser utilizado até a sexta-feira (22).

O crime aconteceu em novembro de 2011, durante uma abordagem, que era realizada na Rua Campinas, próximo à esquina com a Rua Dr. Moacir do Amaral.

Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima, Rodrigo Oliveira da Silva, 24 anos, acabou reagindo à abordagem, sendo atingida por um disparo de arma de fogo.

O crime teve repercussão na cidade e a família e amigos realizaram diversos protestos, questionando o trabalho da Guarda Municipal.

O GM acusado pelo crime foi preso um tempo depois, após a expedição de um mandado de Prisão Preventiva. Ele foi transferido para a cadeia de Tremembé, onde aguardava o julgamento.

O acusado foi transportado juntamente com outro Guarda Municipal, que também está preso em Tremembé, acusado de outro crime. O Guarda será ouvido como testemunha.

Os dois chegaram às 9h e entraram pela parte de trás da Câmara Municipal, permanecendo em uma das salas até o início do julgamento.

No início dos trabalhos, os nomes dos jurados, convocados para a realização do Julgamento, foram colocados em uma urna. A Juíza iniciou o Julgamento fazendo o sorteio dos Jurados que compõem o Conselho de Sentença.

Os nomes dos jurados são sorteados e o Promotor de Justiça, responsável pela acusação, informa a juíza se aceita ou não o jurado. Caso o Promotor aceite aquele jurado sorteado, o Advogado de defesa também é consultado, podendo, também, aceitar ou não aquele jurado.

Neste julgamento, o júri é composto por um homem e seis mulheres. Eles serão os representantes da sociedade e julgarão se o Guarda é culpado ou inocente pelo crime.

Familiares do Guarda Municipal e também da vítima estão presentes no plenário e acompanham o julgamento.

O pai da vítima e também alguns amigos vestem uma camiseta com a foto de Rodrigo e a frase “Justiça seja feita”.

O GM é acusado pelos crimes de: Abuso de autoridade; Homicídio Qualificado, pois usou recurso que impossibilitasse a defesa da vítima; e também por Anunciação caluniosa, imputando à vítima o crime de porte de entorpecentes.

Após o sorteio dos jurados, o acusado pelo crime foi trazido ao plenário, para que fosse dado início aos depoimentos da testemunha. Ele vestia a roupa padrão utilizada pelos presos no Estado de São Paulo, camiseta branca e calça bege, usando também um chinelo de dedos.

O GM entrou no plenário de cabeça baixa, algemado pelos pulsos e também pelos pés. A defesa solicitou a retirada das algemas, alegando que o preso não representava perigo a nenhum dos presentes no local.

O promotor aceitou o argumento da Defesa e concordou com a retirada das algemas. A juíza, então, ordenou que fossem retiradas as algemas.

A primeira testemunha a ser ouvida foi o pai da vítima.

O Julgamento continua e não tem previsão de término.

Outros dois Guardas Municipais, um homem e uma mulher, que também participaram da abordagem recorreram e serão julgados em data ainda não definida.