Comerciante de São Paulo é preso tentando sacar dinheiro com documento falso

Um comerciante paulista foi preso na tarde de quarta-feira (12), tentando aplicar um golpe em uma agência bancária de Cosmópolis. Ele estava com documentos falsos, tentando sacar uma ordem de pagamento.
O golpe foi descoberto pela funcionária do banco, que desconfiou do documento de identidade apresentado pelo golpista.
A foto do RG (Registro Geral) apresentava baixa qualidade e o papel do documento também era diferente do original, sem os itens de segurança.
No momento do saque, a funcionária acionou a gerência da agência. Em seguida, a Polícia Militar foi chamada para averiguar a situação.
Quando os Policiais Militares chegaram na agência, os funcionários indicaram quem seria o cliente que estava tentando sacar o dinheiro. O valor, R$ 5 mil, teria sido enviado através de uma ordem de pagamento.
O comerciante, 59 anos, foi abordado e apresentou o mesmo documento utilizado no momento do saque. Quando os policiais consultaram o número do RG, a pesquisa retornou com um outro nome. O número do CPF, que constava no documento, era o mesmo apresentado no RG, uma tentativa de burlar o sistema bancário. A princípio, as pesquisas sempre são realizadas através do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Através de consulta ao site da Receita Federal, foi constatado que o número do CPF era válido.
O suspeito passou por revista pessoal e outros documentos foram encontrados. Um cartão do programa ‘Bolsa Família’ estava na carteira dele. O cartão apresentava o nome verdadeiro do acusado.
Após pesquisas pelo nome verdadeiro do comerciante, os Policiais constataram que ele já estava respondendo na Justiça por outro crime de Estelionato. Ele foi condenado e se apresentava mensalmente à Justiça.
Os Policiais deram voz de prisão ao comerciante, que foi levado para o Plantão Policial de Cosmópolis.
Na Delegacia as informações sobre o documento falso foram confirmadas. A falsificação do RG era grotesca. A foto do acusado estava com baixa qualidade e visivelmente adulterada. Itens de segurança do documento foram ignorados durante a falsificação. Mesmo com os fortes indícios de falsificação, o documento deverá passar por exames periciais.
Em depoimento, o comerciante confessou que comprou o documento na Praça da Sé, em São Paulo. Ele também disse que recebeu a guia de pagamento de uma outra pessoa. Pelo serviço, de vir sacar o dinheiro em Cosmópolis, ele receberia a metade do valor do saque, R$ 2.500,00.
O comerciante foi preso em flagrante e vai responder mais uma vez pelo crime de estelionato, artigo 171 do Código Penal.
Após ser preso, ele foi levado para a Cadeia Pública de Sumaré.
B.O. 3239/2018