Como saber se seu filho é disléxico?

Fabiana R. Dester
Pedagoga e psicopedagoga
Professora de OPEE – Orientação Profissional, Empreendedorismo e Empregabilidade (sob a orientação de Léo Fraiman) no Colégio Objetivo Cosmópolis

A dislexia é uma perturbação ou transtorno ao nível de leitura. A criança disléxica é uma má leitora: é capaz de ler, mas não é capaz de entender o que lê. O que chama atenção, à primeira vista, é que a criança disléxica é inteligente e habilidosa em tarefas manuais, mas persiste um quadro de dificuldade de leitura, da educação infantil ao nível superior.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), estima-se que, no Brasil, aproximadamente 15 milhões de crianças e jovens sofram distúrbios de letras, sendo esta a maior causa de baixo rendimento escolar.
A linguagem é fundamental para o sucesso escolar. Ela está presente em todas as disciplinas e todos os professores são potencialmente professores de linguagem, porque utilizam a língua materna como instrumento de transmissão de conteúdo.
Na matemática, muitas vezes, a dificuldade pode estar relacionada à compreensão do enunciado do que ao próprio processo da solução da questão.
É necessário que o diagnóstico da dislexia seja precoce e que os pais e educadores se preocupem em encontrar indícios de dislexia, ainda na educação infantil, pois os distúrbios de letras podem levar crianças de 8 a 9 anos, no ensino fundamental, a apresentar perturbações de ordem emocional, efetiva e linguística. Uma criança disléxica encontra dificuldade em ler e as frustrações podem conduzir a comportamentos antissociais e agressivos.
Os pais, professores e educadores devem estar atentos a dois importantes indicadores para o diagnóstico precoce da dislexia: a história pessoal do aluno e suas manifestações linguísticas nas aulas de leitura e escrita. Os dados históricos de dificuldades na família e na escola poderão ser de grande utilidade para os psicólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos que atuam no processo de reeducação das crianças disléxicas.