Bem, podemos concluir que onde há um abusador existe ali um abusado, ou seja, quem hoje abusa já sofreu abusos físicos ou emocionais em sua infância por meio de um familiar. Uma mãe narcisista cresceu num lar abusivo, e muito provavelmente esta mãe que abusou teve uma mãe ou uma avó que foi abusiva e assim por diante. Agora, como se faz para quebrar este ciclo? A maneira para interromper este mal de geração é pela conscientização e escolha.
A partir do momento que o adulto possui a capacidade de identificar que o seu comportamento é abusivo, discernir o certo e errado, ele pode decidir não o fazer mais. Infelizmente, isso nem sempre acontece. Via de regra, nem todo abusado se tornará um abusador, caso contrário haveria muito mais abusadores do que se temos notícias.
Vamos aprender a identificar alguns sinais desses comportamentos abusivos?
Veja logo abaixo:
Mãe abusiva: existe uma crença de que o título de Mãe garante imunidade e alguns direitos.
A mãe pratica abusos psicológicos, emocionais e verbais para se auto-afirmar na posição de um “ser intocável”.
Autoritarismo: O filho de mãe narcisista torna-se naturalmente dependente de aprovação e do amor dessa mãe, que na maioria dos casos não acontece devido a incapacidade desta para amar genuinamente, e aceitar o filho tal como ele é, e não da maneira como esta mãe acredita que deveria ser para atender ao seu próprio narcisismo.
Manipulação: a mãe narcisista adestra seus herdeiros a acreditarem que são inferiores ou incapazes de sobreviverem sem esta mãe, criando um sentimento de dependência e eterna sensação de que não sobreviveriam sem ela. Com isso, esta mãe passa a sensação de responsabilidade vitalícia desses filhos pelo seu bem-estar, seja emocional, psicológico ou financeiro.
Escolhem um filho para ser o filho de ouro e o outro para ser o bode expiatório: O filho de ouro é aquele que a mãe se identifica, dando a este um tratamento diferenciado, não poupando gastos e excentricidades para que este a projete para a sociedade. Já o bode expiatório é aquele que “não deu certo”, o que está sempre em falta.
O filho de ouro se identifica com a mãe, e fica ao lado desta a apoiando em muitas vezes, assumindo o seu papel praticando abusos físicos e emocionais neste irmão bode expiatório, com o apoio da mãe para que esta não precise ela mesma fazer esta tarefa.
Dona da verdade: tudo que a mãe narcisista alega a respeito de si mesma, dos outros e do mundo defende como verdade inquestionável. Mesmo quando expressa ideias infantis e incoerentes, é inflexível na interpretação que confere a sua mensagem, não permitindo que suas afirmações sejam contestadas e tampouco refutadas.
Argumentar com a mãe narcisista transforma-se em uma tarefa impossível, pois ela não reconhece erros de julgamento ou discrepâncias em seu próprio discurso. A verdade não se baseia em dados racionais ou objetivos, mas oscila de acordo com o desejo da mãe narcisista.
Problemas de identidade: como o narcisista tem uma essência fragmentada, é inautêntico em tudo o que diz respeito a si. Por possuir um senso de identidade defeituoso, está sempre atrás de estímulos externos para compensar pela falta de conteúdo.
O(a) narcisista segue o que está na moda no momento como guia de auto-direção pessoal. É prática comum da mãe narcisista se espelhar no estilo, atitude e o comportamento dos outros, como os da própria filha, principalmente quando refletem seus ideais narcisistas superficiais de forma acurada, como os referentes à beleza, admiração, status social e financeiro, popularidade etc.
Como surge uma mãe narcisista?
29 de julho de 2020 Variedades
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