A ansiedade é um parasita que estrangula nossas emoções e rouba nosso viço. É considerada o mal do século, pois atinge pessoas de todos os estratos sociais, de todos os credos religiosos e de todas as faixas etárias. A ansiedade é uma espécie de asfixia da alma, um estrangulador das emoções. Destacaremos quatro pontos importantes no trato dessa matéria: Em primeiro lugar, a causa da ansiedade. Jesus Cristo, ao falar sobre a ansiedade, diz que os gentios que não conhecem a Deus é que ficam ansiosos quanto ao que comer, beber e vestir.
A incredulidade é a causa da ansiedade. Ficamos ansiosos porque duvidamos que Deus é suficientemente bom e sábio para cuidar de nossa vida. Ficamos ansiosos porque tentamos tomar o destino de nossa vida em nossas próprias mãos. Só temos duas opções: descansamos na bondosa providência de Deus ou seremos estrangulados emocionalmente pela ansiedade. Em segundo lugar, os perigos da ansiedade. A ansiedade é inútil, pois, por mais ansiosos que estejamos, não conseguiremos acrescentar sequer alguns centímetros ao curso da nossa vida. Não nos fortalecemos para lidar com as tensões do futuro, ficando ansiosos hoje. A ansiedade não tonifica os músculos da nossa alma; afrouxa-os. A ansiedade não nos equipa para a luta; enfraquece-nos.
A ansiedade não nos capacita a vencer; derrota-nos. A ansiedade, além de inútil, é, também, prejudicial, pois, nos leva a ocupar-nos de um problema que ainda não está acontecendo. Está provado que mais de setenta por cento dos assuntos que nos deixam ansiosos nunca vão acontecer. A ansiedade antecipa problemas fictícios e nos leva a sofrer por eles como se já estivessem acontecendo. A ansiedade é, também, uma ilusão, pois, nos dá a sensação de que estamos no controle da situação, ou que precisamos tomar as rédeas da nossa vida em nossas próprias mãos.
Uma pessoa ansiosa, conseqüentemente, vive sobressaltada. Não descansa. Não tem paz. Em terceiro lugar, o remédio divino para a ansiedade. Devemos lidar com a ansiedade de três formas distintas: Primeiro, devemos orar corretamente. Paulo escreve: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6). A palavra “oração” tem aqui o significado de adoração. Então, você adora a Deus por quem Deus é, dá graças a Deus pelo que Ele faz e suplica a Ele, porque Ele é seu Pai.
Quando oramos corretamente, triunfamos sobre a ansiedade. Segundo, devemos pensar corretamente. Paulo ainda continua: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama […] seja isso que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8). A batalha contra a ansiedade é decidida no campo da mente. Se focarmos nossos pensamentos nos problemas, seremos vencidos por ela; mas, se voltarmos nossos pensamentos para Deus, então ganharemos a peleja. Terceiro, devemos agir corretamente. Paulo conclui: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em Mim, isso praticai…” (Fp 4.9).
A vitória sobre a ansiedade não está apenas no campo do conhecimento; mas, sobretudo, na arena da prática, na geografia da obediência. Em quarto lugar, a cura para a ansiedade. Ansiedade produz tormento mental, estrangulamento emocional e ausência de paz. Quando, porém, buscamos a face de Deus em oração, alimentamos nossa mente com pensamentos lá do alto e colocamos em prática o que aprendemos das Escrituras, então, a ansiedade bate em retirada e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, vem habitar em nós, montando guardas e sentinelas ao redor do nosso coração e da nossa mente. Mais do que isso, o próprio Deus da paz caminha conosco e nos conduz em triunfo.
Rev. Hernandes Dias Lopes
Rev. Oziel Domingos da Silva
Presbiteriana do Brasil em Cosmópolis
Rua Newton Amável da Silva, 273, J. Cosmopolitano
Fone: 3812-2948