Compras impulsivas geram consequências ruins para a saúde financeira

José Adilson da Silva
Economista

As compras podem ser um tipo de “terapia”, mas, os benefícios, muitas vezes, duram pouco e podem levar a efeitos colaterais negativos.
São tantas liquidações, promoções e descontos que fica difícil resistir às compras. Porém, elas podem comprometer seriamente a saúde financeira de qualquer pessoa ou família.
O fenômeno da compra impulsiva virou objeto de estudo de muitos profissionais de economia, por se tornar uma situação bastante comum que, na maioria dos casos, ocorre de forma inconsciente
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, em matéria publicada em 03/04/2018, no site Notícias ao Minuto, ele afirma:
“Se planejar antes de comprar é um hábito pouco ensinado para crianças e jovens, e por isso não se torna um comportamento. Nossos avós e pais não foram educados financeiramente, portanto não é de hoje que há um ciclo de consumo por impulso. As pessoas colocam a culpa nas promoções, propagandas e facilidades de pagamento, quando, na verdade, a causa é comportamental”.
O consumo consciente é a chave para a diminuição do endividamento e, consequentemente, da inadimplência. Para abandonar o hábito de fazer compras por impulso, é preciso mudar o comportamento. Mais importante do que lidar com as consequências, é corrigir a causa do problema.
O Economista José Adilson da Silva, de 59 anos, fala sobre as consequências e o mal que as compras impulsivas podem nos causar.
“A saúde financeira da família é afetada sempre que o consumo (despesas) supera as receitas (salários). O consumo consciente é a chave para a diminuição do endividamento e, consequentemente, da inadimplência. Para abandonar o hábito de fazer compras por impulso, é preciso mudar o comportamento. Mais importante do que lidar com as consequências, é corrigir a causa do problema”, comenta Adilson.
Além disso, o economista nos informa que, além de causar um mal para a saúde financeira, pode causar conflitos familiares entre um casal. “Quando não se tem o controle financeiro familiar, a consequência mais provável é a sua desarmonia, chegando, em alguns casos, até o rompimento do relacionamento”, afirma.

Conselho
Além de analisar nossos hábitos, ter objetivos maiores, saber se podemos pagar, José Adilson ensina 2 perguntas simples para serem feitas antes de concretizar qualquer compra impulsiva: “‘Eu realmente preciso disto?’, ‘Estou comprando por necessidade ou movido por outro sentimento, como carência, baixa autoestima ou influência de terceiros?’. Este é um grande passo para a melhoria. Começando assim, podemos parar para refletirmos mais sobre nossos gastos”, pondera.
“Além das perguntas, um outro conselho seria realizar um planejamento antes de qualquer outra atitude. Antes de sair, veja o total que você tem e o total que você pode gastar, sem causar alguma falta, poupar antes para gastar depois”, finaliza o economista José Adilson da Silva.