A prática da confiança se faz a partir da resposta ao amor de Deus, aos Seus apelos e às promessas da Sua Palavra. Ela precisa crescer ao ponto de aprender a esperar contra a desesperança, isto é, a ter esperança mesmo quando não há o menor motivo para crer, como aconteceu com Abraão. Este é o clímax da confiança.
A prática da confiança é a arte de colocar em Deus toda a capacidade de crer, em qualquer lugar, em qualquer tempo e em qualquer situação, mediante a negação da incredulidade própria e a afirmação da Onipotência Divina. É a capacidade de amarrar-se a Deus, e não aos problemas que tolhem a alegria de viver.
Entre o chamado de Abraão e o que aconteceu na terra de Moriá, quando Deus o pôs à prova (Gn 22.1-19), passaram-se talvez 40 anos. Nesse período, a confiança de Abraão cresceu poderosamente, não sem erros (como o caso de Ismael) e alguns fracassos (como o uso de expedientes escusos para proteger-se contra Faraó e Abimeleque).
A confiança em Deus é especialmente válida em circunstâncias adversas e em situações difíceis. É preciso confiar em Deus “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4), “ainda que um exército se acampe contra mim” (Sl 27.3), “ainda que as águas tumultuem e espumejem” (Sl 46.3), “ainda que a figueira não floresça” (Hc 3.17).
Neste Período da Quaresma, a mensagem sempre se concentra em torno do sofrimento de Cristo por todos nós, visando nossa graciosa salvação. Assim, caminhando para a Páscoa, a ressurreição de Jesus, podemos seguir confiantes em Deus, sabendo que Ele não nos abandona, antes nos ampara, fortalece e consola pela ação do Espírito Santo em Sua Palavra.
Abençoado Período de Quaresma!
Fonte: Ultimato.com (sob autorização)
Revisão, adaptação e acréscimos:
Reverendo Ailton P. Santos
Pastor da Igreja Luterana (IELB)
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