Com muitos nutrientes e vitaminas, o alimento de baixa caloria pode ser consumido no período da quaresma
A carne de jaca tem sido utilizada com muita frequência como substituta da carne animal, principalmente, pelos veganos e vegetarianos. Para quem participa da Quaresma, trocar a carne vermelha pela carne de jaca é uma opção saudável, principalmente, quando combinada com algumas leguminosas ricas em proteínas.
O que é a carne de jaca?
Fruta de sabor neutro a adocicado e cheiro bem característico, a jaca pode ser encontrada praticamente em todo o litoral brasileiro. Originária da Ásia, tem a casca rugosa e espinhosa, e seu interior apresenta uma coloração amarelada, com polpa macia, fibrosa e viscosa. Na Índia, a jaca é usada como carne há séculos. No Ocidente, porém, a onda começou em 2011, na Califórnia. É uma fonte de alimentação saudável que substitui a carne animal, sendo produzida através da polpa da jaca. Teve chegada nos mercados em versões prontas para o consumo, como em embalagens a vácuo, congeladas, desidratadas e em lata. São exportados para os Estados Unidos e Europa pratos à base de jaca, com molhos como teriyaki, curry e churrasco, e a carne “naked” (sem tempero).
Processo de produção
A jaqueira pode produzir até 100 frutos por ano, que podem pesar de três até 37 quilos. Pode ser consumida crua ou como ingrediente de pratos doces e salgados, pois da fruta se produz hoje uma “carne” com boa textura e sabor neutro, que funciona no preparo de diferentes pratos, como o da brasileiríssima coxinha ao curry indiano, passando pelos tacos mexicanos, além de tortas e sanduíches. Combina perfeitamente em qualquer prato.
Atualmente, é facilmente encontrada como recheio de pratos vegetarianos e veganos. A maioria é feita a partir da polpa, que é macia. Desfiada, é empregada em recheio de coxinhas, tortas, pizzas, na canja, e como carne louca no recheio de tapiocas, crepiocas e aveiocas. Perfeita também em refeições como escondidinhos, e até mesmo acompanhadas de saladas e legumes soutê. Já o miolo mais duro é perfeito para pratos como o medalhão vegano.
Dá também para fazer em casa, mas o processo é bem trabalhoso porque a fruta solta uma substância viscosa que gruda nas mãos, na faca e na pia. O mais prático é ficar mesmo com as versões prontas. Já a dica para quem gosta mesmo de cozinhar em casa, o ideal é untar as mãos e utensílios com óleo para evitar que a “nodia” da fruta grude.
Nutrientes e os benefícios que o consumo da carne de jaca pode trazer ao nosso organismo
A fruta tem nutrientes importantes. Ela é rica em carboidratos, principais fontes de energia, e em fibras, que dão sensação de saciedade e auxiliam no funcionamento do intestino. Também as vitaminas A, C e do complexo B, principalmente a B2, responsável pela produção de energia, e a B5 (niacina), que reduz o colesterol. A jaca tem também excelente quantidade de potássio, fundamental para a saúde cardiovascular, e bons índices de cálcio, ferro, fósforo e magnésio. É um alimento de baixa caloria. Ela reduz a pressão arterial devido à presença do potássio, que auxilia no equilíbrio da quantidade de sódio no organismo; promove a digestão por ser rica em fibra dietética, que ajuda a proteger o revestimento da membrana mucosa, prevenindo o aparecimento de úlceras; fortalece os ossos pela grande quantidade encontrada de magnésio e cálcio; fortalece a saúde dos olhos devido à vitamina A, que combate a cegueira noturna e degeneração macular, e antioxidantes, que combatem os radicais livres nocivos que podem causar a degeneração da retina; combate a anemia devido às altas concentrações de vitamina A, vitamina C (auxilia a absorção de ferro no organismo), Vitamina B6, vitamina E, vitamina K, niacina, ácido fólico, ácido pantotênico e minerais como o cobre, o manganês e magnésio; e previne o envelhecimento, devido à presença de antioxidantes.
Balanceamento nutricional
Para que a refeição esteja balanceada nutricionalmente, deve-se combinar com outras fontes de proteínas, pois a carência de proteína é o ponto fraco da carne de jaca. Apesar da consistência e aparência de carne, ela não substitui produtos de origem animal em termos nutricionais. Por exemplo, em 100g, ela oferece 1,4g de proteína, enquanto o peito de frango contém 32g. Por isso, recomenda-se complementar a refeição com leguminosas como feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja, caso a ideia seja ficar apenas no campo das proteínas vegetais.