Gedeon Freitas de Jesus (37) nasceu no estado da Bahia, mais precisamente na cidade de Candeias, próxima a Salvador. Sua vinda ao município de Cosmópolis ocorreu há, mais ou menos, 15 anos. Aqui, Gedeon se viu acolhido pela cidade, podendo, hoje, considerar-se filho de Cosmópolis.
A decisão de migrar para o estado de São Paulo ocorreu a partir de uma ideia muito alimentada por todas as partes do Brasil. “Todos queremos crescer em São Paulo, já que ela é a mãe de todas as outras cidades. A capital é Brasília, mas, é em São Paulo que tudo acontece”, comenta.
Seu intuito era uma estadia passageira; apenas trabalhar e voltar à sua cidade para se casar. Mas, os planos mudaram. Após um tempo trabalhando na Refinaria, em Paulínia, Gedeon viu maiores oportunidades nas terras paulistas, o que o levou a retornar para o casamento e trazer sua esposa consigo a Cosmópolis.
Enquanto empregado na Refinaria, Gedeon ainda realizava trabalhos como palhaço em seu personagem Batatinha, algo que trouxe de sua juventude, já que, no ano de 1991, fez aulas de teatro. Mas, o mercado de entretenimento infantil pela arte cômica não se mostrou fácil no município, o que o levou a investir em outro ramo para crianças: brinquedos infláveis.
A ideia de cursar teatro surgiu de um sonho de juventude; ser um ator renomado. “As coisas não correram como eu esperava, por isso, fui deixando um pouco de lado. Mas, cheguei a pisar em algumas emissoras de televisão, como a Band, e participei do show do Tom Cavalcante, quando ele ainda fazia ‘Os Ridículos’, da Rede Record”, explica.
Hoje, além do microempreendimento de infláveis e sua experiência como ator, Gedeon Freitas atua como recepcionista na Promoção Social e ainda estuda. A intenção é concluir o Ensino Médio para entrar em uma faculdade. “Por já estar imerso no ramo de aluguel e administração, por hora, quero me graduar em Administração de Empresas”, comenta.
E a dedicação à sua educação, além de visar seu crescimento pessoal, também direciona-se ao exemplo que Gedeon deseja dar a sua filha de 6 anos. “Quero mostrar para ela que, tudo o que fiz, foi para o seu bem estar e da minha esposa. Quero que, no futuro, ela sinta orgulho de saber que, mesmo tendo passado tempo fora, eu estava me dedicando ao bem estar dela. Aliás, eu e minha mulher já estamos pensando em seu futuro, já que estamos nos preparando para a faculdade dela há muito tempo”, esclarece.
Tudo isso faz do recepcionista, microempresário e ator uma pessoa feliz. “Poderia ter feito mais, é claro, mas, me sinto grato por tudo e quero continuar buscando crescer”, conclui.
