Conheça a história de Genevive, a cachorra que perdeu os movimentos das patas traseiras

Cadelinha foi resgatada por sua dona após ter sido atropelada. Hoje, ela tem uma vida feliz e saudável

Em entrevista, Klenia Frizzera conta a história de superação e adaptação de sua cachorra que foi resgatada após um acidente. Ela fala sobre o processo de adaptação, os cuidados e a rotina da cadelinha que perdeu os movimentos das patas traseiras.
Qual o nome e idade da sua cachorrinha?
O nome dela é Genevive. Não sabemos ao certo a idade, pois ela foi resgatada, mas tem entre 3 e 4 anos.
O que houve com ela?
Em janeiro de 2021, ela foi atropelada e sofreu uma luxação da coluna com lesão medular. Basicamente, a coluna dela foi deslocada, o que lesionou as fibras da coluna e rompeu a ligação com as patas traseiras, levando à paralisia delas.
Há quanto tempo você a tem e lida com os problemas?
Estamos com ela desde que ela foi atropelada. Eu a resgatei alguns minutos após e, desde então, ela está na nossa família e realizando os tratamentos necessários para sua reabilitação e para que ela tenha qualidade de vida.
Conte um pouco sobre os tratamentos e cuidados que você tem para que ela tenha uma vida saudável.
Quando resgatamos a Genevive, foi necessário realizar uma cirurgia para realocar sua coluna e, após a cicatrização, ela teve que retirar a prótese que sustentava sua coluna em outra cirurgia. Desde então, seu tratamento tem sido de reabilitação. A equipe que a atendeu foi da Ração Pet, em Paulínia a quem somos infinitamente gratos.
Atualmente, a Genevive não movimenta as patas traseiras e tem retenção urinária. Então, para reabilitação motora e sensitiva, ela faz fisioterapia e acupuntura. Devido a retenção, ela também faz ozonioterapia para assim evitarmos infecções urinárias. Aqui em Cosmopolis, quem realiza esses tratamentos são a Dra. Angela Albuquerque, veterinária fisiatra e ozonioterapeuta, e a Dra. Aricia, veterinária acupunturista.
Como é o dia a dia?
O dia a dia da Gege é bem parecido com o de qualquer outro doguinho, as únicas diferenças são que precisamos trocar as fraldinhas dela de 4 a 6 vezes ao dia e alguns dias ela tem fisioterapia e ozonioterapia em casa. Ela é especialmente carente, não sai de perto do ‘pai’ dela e trabalha em home office com ele todo dia.
O que vocês gostam de fazer juntas?
Sempre que podemos, saímos para passear. Ela sempre é o centro das atenções e atrai todos os olhares por onde passa com sua cadeirinha de rodas cor de rosa. Já fizemos trilha, passeio no shopping; ela adora passear no pet shop e ao ar livre!
Conte um pouco sobre o fato de, no início, muitos falarem, por conta da lesão, para sacrificá-la, e como você reverteu essa situação e hoje ela está bem e feliz.
Quando a Gege chegou, tivemos apoio de ótimos profissionais que sempre incentivaram a sua recuperação, porém, ouvíamos de várias pessoas que deveríamos sacrificá-la, pois ela estava sofrendo por não andar. Quem conhece a Genevive sabe o quanto ela é feliz e alegre, que suas limitações não afetam sua qualidade de vida, não a impedem de correr, brincar e até brigar com os ‘irmãos’. Nunca passou pelas nossas cabeças sacrificar a Gege, porém, sabemos que, para muitos, pode parecer a opção mais fácil e até mesmo a melhor para o cachorro e por isso criamos o Instagram da Gege, para mostrarmos a quem tenha um animalzinho com dificuldades motoras e imobilização que é possível, sim, dar uma vida boa, feliz e com qualidade ao seu amiguinho. Eles são extremamente felizes, às vezes, eu acredito que a Gege ainda nem percebeu que suas patinhas traseiras não se movem. As maiores limitações de um animal paralisado são aquelas que habitam as nossas cabeças e que transferimos a eles.