Conheça a história de Meire e suas filhas Mayara e Mirian

Ela as conheceu em 2002, quando já eram pré-adolescentes

Para Meire Menon, a adoção sempre foi algo pendente, mas isso mudou quando ela conheceu as irmãs Mayara e Mirian. Acompanhe a história delas.

Início
“Tudo começou quando uma amiga minha me convidou para ir a um projeto de crianças carentes. Ela sempre ia lá, passava uma tarde e brincava com as crianças. Nunca dava certo para eu ir, até que, em um domingo, eu aceitei e fui. Quando eu cheguei a esse projeto, a primeira criança que veio ao meu encontro foi a Mayara, que é a minha menina mais nova, e a nossa ligação naquele momento foi imediata, foi muito forte.
Eu tinha me encantado por ela e ela por mim. Eu passei a tarde inteira lá; ela no meu colo e ficava de mãos dadas comigo. Depois disso, conheci a irmã dela e a história delas. Senti uma necessidade enorme de ajudar aquelas meninas e foi aí onde tudo começou”, conta Meire.

Passado
“Elas perderam a mãe com 3 e 6 anos e, quando eu as conheci, elas tinham perdido o pai recentemente; já estavam com 11 e 13 anos. Depois da morte da mãe, elas foram criadas pelo pai, que tinha problemas com alcoolismo, que piorou depois da morte da esposa e veio a falecer”.

Processo de Adoção
“Eu queria muito ficar com aquelas meninas, se elas não tivessem com quem ficar. Então, fomos conhecer os familiares delas, mas, eles não tinham condições de acolhê-las. Decidimos, assim, entrar com o pedido de guarda judicial temporária. Foi um processo muito lento e até doloroso, porque é difícil adotar uma criança, mas, acredito que seja necessário. Levou mais ou menos um ano e meio para conseguir a guarda das meninas. Durante esse tempo, nós ficávamos juntos nos fins de semana, nas férias da escola, mas, não podíamos ficar todos os dias”, conta.

Adaptação
“Na adaptação, tivemos dificuldades, tanto o meu marido Edson e eu, como elas. Enfrentamos várias barras e não tinha como não ser difícil. Elas eram duas pré-adolescentes e nós não tínhamos filhos, não tínhamos experiência e não sabíamos como lidar com crianças. Tudo era muito novo, às vezes, parecia ser mais difícil do que realmente era, mas, seguimos, pois tinha muito amor envolvido e muita vontade de dar certo. Tivemos ajuda de psicólogos, apoio de amigos e familiares e vencemos”.

Atualmente
“Hoje, elas já são adultas, uma com 29 anos e a outra com 33 anos. A Mayara cursou Gastronomia, mora em Campinas e é casada. A Mirian fez Fisioterapia, mora e trabalha em São Paulo”, finaliza Meire.