A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral e benigna, que acomete, principalmente, crianças pequenas que estão naquele momento de descoberta e que tendem a colocar as mãos e os objetos na boca, o que favorece a contaminação. A doença é causada pelo vírus Coxsackie, que se aloja no sistema digestivo, causando pequenas feridas nas mãos, nos pés e na boca.
De acordo com o pediatra André Arruda, essa doença pode ocasionar lesões em outras partes do corpo. “À medida que as lesões se instalam na garganta, alguns dias depois, elas aparecem nas mãos e nos pés, mas, também podem aparecer em outras partes do corpo, como nas nádegas, garganta ou no tronco”,
explica. As lesões se assemelham às aftas, como pequenas bolhas, e causam vermelhidão e dor na garganta.
O vírus se espalha facilmente por meio de tosses, espirros e saliva, ou seja, o contato entre as pessoas infectadas aumenta o risco de contaminação. André afirma que a doença também pode acometer os adultos. “Em geral, as crianças são mais susceptíveis à doença, mas também um adulto com imunidade prévia, que esteja carregando o vírus poderia transmitir o vírus para a criança”.
Através da análise clínica das feridas e erupções no interior da boca ou através de algum outro exame, é diagnosticada a síndrome. “Após o período de encubação, o que vemos é a presença de febre alta. O tempo de duração é entre dois a seis dias e o paciente sente muita dor quando engole algum alimento”, explica o pediatra.
Além dos medicamentos, o paciente deve ingerir muito líquido e evitar alimentos que estejam muito quentes, ácidos ou que tenham muito condimento, pois, podem piorar as dores na parte interna da boca.