Conheça mais sobre a trajetória de ‘Rogérinho do Berrante’

Uma de suas maiores realizações foi ter ganho um berrante de seu ídolo Sérgio Reis

O apelido surgiu por conta da paixão pelo instrumento

No último Domingo, dia 21 de Março, foi comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data muito importante para celebrar a inclusão e a aceitação. Os portadores da Síndrome são pessoas únicas, cada uma tem sua própria história e, por isso, as chamamos de “especiais”.
Em nossa cidade, um símbolo da superação e do amor acima de tudo é Rogério Affonso, de 44 anos, mais conhecido como “Rogérinho do Berrante”. O apelido se dá devido ao apego de Rogério pelo instrumento. Ele conheceu o berrante numa novela, em que aparecia o cantor Sérgio Reis tocando.
Sua mãe, Dona Maria Affonso, conta que, para deixá-lo feliz, basta apenas botar o berrante em sua mão. A partir da inspiração, vinda através do cantor sertanejo, Rogérinho passou a entortar canos de PVC, simulando o instrumento. Vendo isso, um cunhado de Dona Maria comprou um berrante de verdade para Rogério.
A paixão foi tanta que ele começou a frequentar rodeios, aonde ficou bem popular por sempre aparecer com o instrumento na mão. Sua inspiração, Sérgio Reis, o convidou para um rodeio em Jaguariúna, no qual Rogérinho participou do show, ganhando o berrante de seu ídolo no final, uma realização muito grande, de acordo com sua mãe.
Além de Jaguariúna, ele já frequentou e ainda frequenta eventos pela região, incluindo a cidade de Americana, aonde participou de um encontro de diversos berranteiros, que também possuem Síndrome de Down. Eles também já apareceram no SBT, o que representa a popularidade do grupo.
Rogérinho foi criado num ambiente de muito amor. O apoio de sua família, juntamente com o suporte dado pelos profissionais da APAE de Cosmópolis, contribuíram muito para a formação do berranteiro. Sua mãe, até hoje, se diz muito grata à Associação.
Mas nem tudo é alegria na vida. Dona Maria revela que seu filho já foi alvo de muito preconceito, e é até hoje. “Não vamos dizer que o mundo evoluiu, porque ainda tem preconceito”, ela diz. Maria prefere lembrar apenas dos momentos felizes, e graças a todo o apoio da família, da APAE e do berrante, estes momentos são muitos.