Conheça mais sobre os principais métodos contraceptivos

É importante destacar que não existe método infalível. O que temos são os de maior eficiência

Existem muitos métodos contraceptivos disponíveis atualmente, podendo ser divididos em hormonais e não hormonais. Antes de começarmos, é importante destacar que não existe método infalível. O que temos são os de maior eficiência, com baixo risco de falha e os menos eficazes, com risco de falha maior. A escolha deve ser baseada no perfil de cada paciente. Sendo assim, o método que é ótimo para uma pode não ser o adequado para outra.
Sempre converse com seu ginecologista a respeito e tire suas dúvidas antes da escolha. Vamos começar pelos não hormonais.
Preservativos masculino e feminino, métodos chamados de barreira, pois, impedem a passagem do espermatozoide, não permitindo sua subida pelo útero até a trompa, onde ocorre o encontro com o óvulo, não possui contra-indicação, a não ser alergia ao material, protegendo ainda contra as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), com risco de falha de 2% para o masculino e de 5% para o feminino, considerando o uso correto e ideal do mesmo, porém, no uso habitual esse risco de falha é um pouco maior.
Diafragma, que consiste em um capuz de silicone que cobre o colo uterino e deve ser inserido pela mulher cerca de 30 minutos antes do ato sexual associado ao uso de um gel espermicida, e retirado após 6 horas do coito para higienização. Tem um risco de falha com uso correto de 16%. Apresenta como vantagens a proteção contra ISTs e desvantagem o alto índice de falha que está associado a dificuldade de lembrar de inserir com o tempo correto antes do ato sexual, além da colocação no local certo, cobrindo o colo uterino, o que requer uma motivação grande da mulher para o aprendizado de inserção.
DIU T cobre ou T cobre + Prata – são métodos de longa duração, também chamados de LARC (sigla em inglês para “Long Acting Reversible Contraceptives”, que significa métodos contraceptivos reversíveis de longa duração) . Tem como vantagens a alta eficácia, cerca de 0,6% de risco de falha e o longo tempo de proteção, que na maioria dos aparelhos é de 10 anos. Requer controles periódicos para confirmar o seu posicionamento correto e pode promover o aumento do fluxo menstrual, bem como o surgimento ou aumento das cólicas nesse período, em algumas pacientes.
No caso do DIU com cobre e prata associado, acredita-se que pode-se ter uma diminuição desses efeitos colaterais. Nenhum dos tipos de DIU protege contra ISTs, então, é sempre importante o uso de preservativo associado para proteção contra essas infecções.
Por último, os métodos cirúrgicos, considerados definitivos, que são a laqueadura de trompas, que tem risco de falha de 0,5%; e a vasectomia, com risco de falha de 0,1%. Tem como vantagem o fato de serem definitivos, ou seja, devem durar até o fim da vida. Como desvantagem, requerem internação para cirurgia e anestesia na laqueadura, com o risco do procedimento cirúrgico, como sangramento e infecção, repouso e afastamento das atividades normais por alguns dias. Já a vasectomia é cirurgia ambulatorial, sem necessidade de internação, com recuperação mais rápida e risco menor de infeção e sangramento quando comparado com a laqueadura tubária.

Cláudio Márcio Dantas
Ginecologista
CRM 72958
Clínica Materclin
F. 3872-2732