A humanização hospitalar é um conceito cada vez mais discutido no Brasil. Com o passar dos anos, o ambiente vem se transformando e fazendo a diferença na vida de muitos pacientes. A Hospitalhaços é uma ONG que tem como missão promover a humanização hospitalar por meio da figura do palhaço e a missão: respeito, humildade, solidariedade, comportamento ético, isenção de preconceito e compromisso com sorriso são o lema dos próprios voluntários.
A ONG
De acordo com a assessoria de comunicação, “o desafio diário é criar uma atmosfera mais leve, alegre e descontraída para pacientes, familiares e profissionais da Saúde. Para realizar este trabalho, a ONG conta com a participação de 400 palhaços humanitários divididos em 38 equipes, além de brinquedistas e colaboradores que ajudam no bazar, brechó e parte administrativa da associação, somando 660 voluntários ativos”.
Hospitais
Atualmente, a Hospitalhaços atende 31 hospitais localizados em 20 municípios: Campinas, Valinhos, Indaiatuba, Hortolândia, Sumaré, Americana, Paulínia, Jaguariúna, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, São Paulo, Francisco Morato, Porto Feliz, Salto, Tatuí, Cerquilho, Laranjal Paulista, Tietê, Recife e Rio de Janeiro. Todo esse empenho faz com que a ONG atinja a marca de 35 mil atendimentos mensais, entre pacientes, acompanhantes e corpo clínico. Além disso, administra oito brinquedotecas, três grupos artísticos, um grupo de pesquisa e realiza oficinas e treinamentos constantemente para os voluntários. Além disso, de acordo com membros da equipe, existe a intenção do projeto chegar ao Hospital de Cosmópolis em breve.
Cosmópolis
Dois voluntários deste louvável trabalho são cosmopolenses. Thayla Nogueira e Cloudeslei (Lelei) Perucci se dedicam a ONG afim de uma vida melhor e maior humanização no ambiente hospital. Acompanhe um pouco da história deles a seguir.
Thayla Amanda de Souza Nogueira, de 29 anos, é cosmopolense e voluntária da ONG. Em sua opinião, sentimento mais gratificante é a certeza de poder fazer a diferença. “Nem sempre você consegue tirar um sorriso de um paciente ou um acompanhante que está ali no quarto. Nós entendemos a dificuldade e a luta que cada um enfrenta naquele momento. Claro que, com um sorriso, nós ganhamos o nosso dia, mas só de sabermos que estivemos ali para apenas fazer companhia a alguém, conversar e dar atenção, já é muito gratificante. Existem pessoas que nos dizem que somos as primeiras visitas que receberam e dá pra notar o quão isso é significativo naquela hora. Então, a maior gratidão é fazer a diferença para alguém ali naquele momento”.
Dedicação
“O processo para se tornar um palhaço voluntário exige muito esforço e dedicação de cada um. De início, existem alguns obstáculos até você conseguir se abrir de verdade, porque, além de voluntário, o palhaço também é um artista”, afirma a voluntária que ainda acrescenta que “desde o primeiro vídeo de apresentação dos trabalhos nos hospitais, eu me identifiquei e nasceu um propósito no meu coração de doar um pouco do meu tempo, da minha atenção e da minha alegria ao próximo”.
Cloudeslei Perucci, de 64 anos, também compartilhou parte de sua experiência. “Uma das experiências mais gratificantes que já pude ter. Eu, que faço capelania evangélica nos leitos, acabo unindo o acolhimento espiritual com a alegria para o ser humano e é maravilhoso ganhar sorrisos”.
Dificuldade
“Nem sempre sabemos o que nos espera dentro de um quarto. Nem todas as pessoas nos recebem da mesma forma, então, é preciso ter criatividade para certas situações, contornar alguns momentos e sempre tentar sempre ser agradável”, dizem.
Vale lembrar que todo apoio voluntário é bem-vindo, contudo, existe um processo seletivo, entrevistas e um treinamento específico para um trabalho que, apesar de muito nobre, exige preparo psicológico e cuidados específicos. Contudo, caso haja real interesse, o contato da ONG é atendimento@hospitalhacos.org.br
