Sabemos que o sistema de suspensão dos carros é indispensável para que o veículo possa circular com segurança e conforto, além de garantir sua integridade. Ele absorve as tensões, forças e impactos gerados por buracos e demais avarias das pistas de rodagem, minimizando a transmissão dos seus efeitos para os passageiros do carro. Para tanto, este sistema deve sempre estar com seus componentes em bom estado e, a qualquer sinal de sintomas diferentes, o motorista deve procurar realizar a manutenção e revisão do sistema.
De acordo com o mecânico de suspensão Ednaldo Brito, os principais tipos de suspensão que existem são: suspensão independente, dependente e a ar. Ele explica, abaixo, cada um deles com seus respectivos componentes e cuidados.
Suspensão dependente
“Na suspensão dependente, como o nome já afirma, um lado da suspensão depende do outro lado, pois, os dois estão ligados ao mesmo eixo. Então, quando uma roda passa por uma saliência e aciona o sistema de suspensão em um dos lados do veículo, inevitavelmente, o outro acaba sendo interferido. Com isso, a carroceria também trabalha e se inclina em um determinado ângulo, fazendo com que a estabilidade seja comprometida.
A sua função é distribuir o peso do veículo de maneira uniforme, tendo seu uso em muitos carros utilitários na parte de trás.
Componentes: São eixos, pontas de eixos, rolamentos, molas, amortecedores, sistema de freios, etc.
Sintomas: Deve-se estar atento a barulhos, ruídos e perda de estabilidade”.
Suspensão independente
“Já o sistema de suspensão independente funciona de maneira a promover um desempenho maior em relação à estabilidade, sendo essa sua principal função. Elas não são ligadas umas às outras, portanto, somente um lado da suspensão pode se levantar, enquanto o outro lado permanece em seu estado normal; a carroceria do veículo também permanece reta, tendo sua trajetória retilínea inalterada.
Componentes: semieixos, junta homocinética, rolamentos, sistema de freios, amortecedores, molas, pivôs, terminais, buchas, axial etc.
Sintomas: os mesmos do sistema anterior: barulhos, ruídos e perda de estabilidade”.
Suspensão a ar
“Basicamente, a suspensão a ar compreende ‘bolsas’ de material elastômero, normalmente feitas de borracha sintética trefilada por poliuretano inserido em conjunto ou substituindo a suspensão mecânica original de um veículo. São apresentados em diversos formatos, tamanhos e capacidades de cargas.
Componentes: ela possui os mesmos componentes da suspensão independente, porém, no lugar das molas e amortecedores, são inseridas as bolsas de borracha citadas acima.
Diferença: Na suspensão a ar, você possui o controle de pressão, altura e capacidade de carga. Nos outros tipos de suspensão, não há esse tipo de controle”.
O mecânico ainda informa que, nos carros, podem ir mais de um tipo de suspensão, tanto a dependente, quanto a independente. “É importante ressaltar que é de extrema importância fazer uma revisão preventiva nos componentes da suspensão, seja ela qual for, a cada 10.000 km”, alerta o profissional.
Além disso, para manter o sistema de suspensão sempre em bom estado, é preciso fazer o alinhamento e balanceamento dos pneus.