Através de descargas de energia, aparelho remove endógenos melânicos
O Eletrocautério é um aparelho que promove a remoção superficial de endógenos melânicos (manchas na pele) através de descarga de energia elétrica baixa e controlada. Além disso, realiza a bioestimulação através da fototerapia a LED.
Os aparelhos profissionais promovem despigmentação de sobrancelhas, clareamento de manchas como melanoses, efélides e manchas senis e atuam na aplicação de rugas também. Promovem tratamentos para estrias e cicatrizes de acne; e o peeling de eletrocautério é um dos mais seguros e eficazes peelings. Promove o aumento da microcirculação local e promove a retirada de manchas superficiais, cicatriz, além de remover micropigmentação.
No Eletrocautério, a corrente elétrica é disparada diretamente na superfície, gerando uma queimadura superficial controlada. Dependendo da intensidade da corrente, teremos uma indução inflamatória até a destruição das alterações cutâneas. A retração de pele causada pelo eletrocautério pode ser utilizada no tratamento de lesões nas pálpebras inferiores através da eletrocoagulação e posterior retração da pele perilesional. O resultado é a diminuição importante da flacidez cutânea e das rítides na região, decorrentes provavelmente da retração da pele ocasionada pelo trauma tecidual, assim como sua tecnologia pode ser despigmentante, inclusive, para a remoção de micropigmentação. Além disso, proporciona a pigmentação em casos de leucodermias (manchas brancas da pele decorrente do excesso de exposição solar) e faz curetagem. E também é usado em peelings: o aparelho é liberado pela Anvisa e faz uma leve cauterização na camada córnea da pele, em aplicação única, sem o desconforto da descamação.
O método da Blefaroplastia com Eletrocautério tem muitas vantagens em relação à cirurgia. Isso o torna um método de tratamento cada vez mais popular. Não há cortes na pele, o que significa que não há necessidade de pontos. E a maioria das pessoas pode voltar ao trabalho no mesmo dia. É muito mais rápido do que a cirurgia, pois não é necessário um anestésico injetável. O aparelho causa microlesões na pele, provocando um leve processo inflamatório e pequenas queimaduras. Esse processo inflamatório pode resultar em um escurecimento da região, que deve ser tratado com despigmentantes. É observado esse aparecimento de manchas mais em pessoas morenas.
A aplicação é feita com ponteira e realizada em pontuações orientadas em semicírculos. O equipamento tem corrente alternada de baixa tensão e alta intensidade, tudo para produzir uma lesão mediada e controlada na superfície da pele. Desta forma, dispara jatos de energia elétrica em um campo magnético seco, no caso, a pele, e não necessita de meios condutores. O uso de anestesia tópica para a cauterização dos tecidos se faz necessário. Após o tratamento, a paciente pode aplicar em casa ativos cosméticos regeneradores que irão auxiliar na cicatrização. O tempo de total cicatrização da pele deve ser aguardado em torno de 30 dias, mas, já no ato da aplicação é possível observar resultados instantâneos, principalmente, na aplicação para manchas. No dia do tratamento, recomenda-se que nenhuma maquiagem seja usada na área que foi trabalhada, o que tornará mais rápida a limpeza. Após o tratamento, a paciente pode sentir uma sensação de queimação, mas só deve durar algumas horas. O profissional aplicará um gel refrescante na área ou mesmo um cosmético regenerador da pele. Não se tem contra-indicações desta técnica, mas devido a essas complicações em peles morenas, não é indicado para peles com esse fototipo e também em pessoas que apresentem problemas de cicatrização. Os eletrocauterizadores também não podem ser aplicados em pessoas com problemas cardíacos ou gestantes devido a intensidade da descarga de energia.
Nathalia Galhardo
Biomédica
Fisioarte
CRBM:35624