Consumo adequado de cálcio evita doenças causadas nos ossos como a Osteoporose

Um dos nutrientes mais importantes para a saúde dos ossos está em falta no cardápio dos brasileiros: o cálcio. Com a carência, a saúde dos ossos pode ficar fragilizada, causando a Osteoporose.
O ortopedista, Raul Casagrande, afirma que a doença pode tornar os ossos muito frágeis e, com uma simples queda, pode causar uma fratura. “A osteoporose é uma doença que leva à perda de massa óssea e à fragilização do osso, aumentando o risco de fraturas. A doença pode tornar os ossos tão frágeis, que uma queda, ou até mesmo leves impactos, como curvar-se ou tossir, podem causar uma fratura. Os ossos mais acometidos são os do quadril, punho e coluna”, começa o médico Raul.
A doença é muito conhecida por “doença silenciosa”, pois, ela só costuma causar sintomas em fases avançadas, segundo especialista. “Os principais sintomas da osteoporose são as dores ósseas, principalmente, dor lombar, facilidade em ter fraturas e redução da estatura por colapsos das vértebras da coluna”, conta.
O ortopedista explica que há dois estágios da doença, e dentro deles há: “Osteopenia e Osteoporose. A Osteopenia é a diminuição da densidade óssea sem alterar de forma importante a microestrutura dos ossos. Já a Osteoporose constitui na diminuição da densidade óssea com grande fragilização da estrutura óssea. Risco de fraturas mesmo em pequenas quedas”, explica o ortopedista Raul.

Prevenção
O médico afirma que deve-se abandonar o cigarro e evitar o excesso de bebidas alcoólicas para a prevenção da doença. “É importante pararmos com hábitos que fazem mal para a saúde dos ossos, como, por exemplo, evitar o cigarro e o excesso de bebidas alcoólicas. A prática de exercícios físicos, incluindo musculação, e o consumo de alimentos, como leite e derivados, legumes verdes, cereais, frutos secos e peixes, ajudam na prevenção.
A importância do cálcio para o organismo é indiscutível, uma vez que ele atua na formação de ossos e dentes, regula a coagulação e participa de funções neuromusculares. O cálcio é um nutriente importante para o funcionamento do corpo, além de ser o mineral em maior quantidade no organismo. Cada vez mais, nossa dieta está sendo insuficiente na reposição desse importante componente.
Também é importante a exposição solar; 20 a 30 minutos de sol por dia para que haja uma produção adequada de vitamina D através da pele”.

Tratamento

Dr. Raul M. Casagrande
CRM 139.858 / TEOT 13389
Ortopedista e traumatologista
Membro Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Membro Sociedade Brasileira de Cirurgia de Quadril e Fêmur
Especialista em cirurgia de fêmur, quadril e pelve
Mestre em fisiologia, biomecânica e treinamento desportivo

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“O tratamento é individualizado, cada paciente deve receber as correções de hábitos e medicações específicas para suas deficiências. Mulheres na menopausa e sintomáticas para osteoporose, por exemplo, têm indicação de reposição hormonal. Através do uso de Cálcio, vitamina D e os bifosfonatos, consegue-se uma diminuição da progressão da doença.
Os medicamentos atuais não revertem completamente a osteoporose, portanto, o tratamento tem como principal objetivo evitar a progressão da doença.
Na osteoporose, o ditado ‘prevenir é melhor do que remediar’ é especialmente verdadeiro, uma vez que quando as lesões na arquitetura óssea causadas pela osteoporose estão presentes, elas são praticamente irreversíveis”, pondera o ortopedista Raul.

Mulheres
Há muitas histórias em que ‘as mulheres são mais propensas a desenvolverem a doença? O anticoncepcional também pode contribuir para isso?’. O médico Raul conta que o principal fator de risco é a deficiência de estrogênio que ocorre habitualmente após a menopausa. “A menopausa não é o único fator de risco, e os homens também podem apresentar osteoporose, apesar desta doença ser mais comum no sexo feminino.
Existem evidências que apontam para potenciais efeitos negativos dos contraceptivos contendo progesterona isolada ou com baixas doses de estrogênio sobre o pico de massa óssea, especialmente quando utilizados em fases iniciais da adolescência e por longos períodos”.