Conversão

Com alegria recebi o convite para escrever um artigo para esta coluna do Jornal. O pedido me deixou bem à vontade para escolher algum tema pertinente. Sendo assim, tendo celebrado no dia 25 de janeiro do Calendário Litúrgico da Igreja Católica, a festa da Conversão de São Paulo, lembrei-me de um pequeno artigo, que mais parece uma oração, que escrevi alguns anos atrás sobre esse assunto, e é isso que partilho com vocês.
Conversão significa mudança. No trânsito, por exemplo, quando se fala em conversão para direita, ou conversão para esquerda, se refere especificamente a sair de uma determinada via para entrar em outra, assim também, no quesito espiritual, conversão significa deixar os velhos hábitos, muitos deles enraizados no pecado para assumir novas atitudes e, assim, acontecer de fato a mudança. Ao final de contas, nada muda, se a gente não mudar.
Logo começaremos a Quaresma, tempo especial de preparação para a grande festa da Páscoa, e neste tempo, a palavra chave será Conversão. Então, fica aqui minha pequena contribuição, uma singela motivação, para que cada um de nós, independente de religião ou crença, queira sempre se tornar melhor.

Eu quero cair do cavalo…
Diz a lenda (porque na Bíblia diz que ele caiu por terra At 22, 7) que São Paulo caiu do cavalo e, a partir dessa queda, se desencadeia todo o processo de conversão que o leva de perseguidor a seguidor de Cristo.
Pois bem, se é assim, eu desejo cair do cavalo também…
Quando o orgulho for maior que a capacidade de perdoar, que eu caia do cavalo!
Quando o desânimo não me permita enxergar os motivos para continuar, que eu caia do cavalo!
Quando meu capricho for mais forte que a vontade Dele, que eu caia do cavalo!
Quando eu procurar justificativas em vez de soluções, que eu caia do cavalo!
Quando eu me amar mais do que a Ele, que eu caia do cavalo!
Quando eu for ingrato com Ele não valorizando tudo o que recebo dia a dia, que eu caia do cavalo!
Quando eu confiar em minhas forças em vez de confiar Nele, que eu caia do cavalo!
Quando eu não honrar os dons que Ele me deu, que eu caia do cavalo!
E, sobretudo, quando eu me esquecer que sem Ele não sou nada, que eu caia do cavalo!
E para você… ah para você eu desejo exatamente o mesmo, que o tombo seja leve, mas a mudança intensa.
Ao final das contas, quem é que não precisa cair do cavalo?

Um abraço do meu jeito e do meu tamanho.
Deus te abençoe!

Pe. Diego F. Humeniuk
Pároco da Paróquia Santa
Gertrudes de Cosmópolis