O corpo de Paulo Daniel Arrua Franco, que estava desaparecido desde a terça-feira (28), nas águas do Rio Jaguari, foi encontrado.
Bombeiros, que realizavam as buscas pelo corpo no rio, encontraram o corpo boiando, por volta das 14h00 de quinta-feira (2).
O corpo ficou preso às margens do rio até a chegada da perícia.
Peritos, do Instituto de Criminalística (IC), de Americana, foram acionados e devem chegar ao local.
O afogamento
O afogamento aconteceu por volta das 15h30, quando o rapaz estava no local, com alguns amigos e também familiares. Ao todo, o grupo era formado por cerca de sete pessoas.
A família, de origem paraguaia, da cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com a cidade sul mato-grossense de Ponta Porã, veio passar o dia no local do acidente, vinda de Sumaré.
Segundo informações, passadas pela cunhada do rapaz, eles já estiveram no local outras vezes e faziam uso do rio para lazer. O irmão da vítima chegou a dizer que eles não entravam na água porque sabiam que era perigoso, permanecendo sempre nas margens do rio.
Quando o grupo chegou ao local, outras pessoas já faziam uso do rio para lazer.
Entre as pessoas que estavam na ‘Ponte de Ferro’, havia duas que praticavam um esporte radical, conhecido como pêndulo.
No pêndulo, uma corda é amarrada em um ponto e a pessoa na outra ponta, fazendo uso de uma cadeira, igual às utilizadas para a pratica do rapel.
Após ser presa, a pessoa se joga, formando um pêndulo. Depois de balançar, como em um balanço gigante, a pessoa para. Para descer, é preciso soltar a cadeira, que fica presa na corda e a pessoa cai no rio.
Ao se soltar e cair nas águas do rio, algumas pessoas jogaram a corda, para que a vítima segurasse e assim saísse das águas.
Porém, quando foram jogar a corda, a vítima disse que não queria, que estava tranquilo e ia sair. No entanto, a vítima não conseguiu sair e se afogou.
A vítima, Paulo Daniel Arrua Franco, pedreiro, morava no Jardim Denadai, em Sumaré.
Após o afogamento, os familiares acionaram as autoridades policiais.
Uma viatura da Guarda Municipal foi ao local e colheu as informações do acidente.
Após, o Corpo de Bombeiros, de Paulínia, foi acionado. Uma equipe de bombeiros foi ao local e iniciou os trabalhos de buscas da vítima.
Ao entardecer, as buscas foram encerradas. Na manhã de quarta-feira (01), os Bombeiros retornaram ao local para continuar as buscas pelo rapaz.
Trabalho de buscas
Na quarta-feira (01), os trabalhos de buscas pelo corpo da vítima tiveram início alguns quilômetros rio abaixo.
Os bombeiros desceram um barco até o rio, passando por uma trilha estreita.
Um trabalho de reconhecimento da área foi feito, porém, o corpo da vítima não foi encontrado.
O trabalho foi retomado em outro local. Dessa vez, mais próximo ao local do acidente.
No trecho vistoriado pelos Bombeiros, após algumas correntezas, o rio forma alguns locais de águas calmas, porém, de grande profundidade.
Segundo o Sargento Gilberto, do Corpo de Bombeiros de Paulínia, o trabalho inicial foi o de mapeamento da área. “Basicamente, nesse primeiro momento, a nossa preocupação é mapear a área de possíveis enroscos. A vítima afundou em uma área de correnteza, então, não temos a certeza de onde está”.
Os bombeiros também fizeram um trabalho de vistoria das margens do rio. O sargento explicou que “Nós fizemos o mapeamento de margem, para ver se ele não enroscou na margem, nesse primeiro seguimento do rio. Agora, nós vamos iniciar a pesquisa da área onde ele tem a maior probabilidade de ter parado, que é nesse poço que forma no rio.”
Como o local onde a vítima pode ter afundado não foi identificado, os bombeiros não farão o trabalho de mergulho. Para o sargento, “um dia após o afogamento, o corpo da vítima pode começar a boiar. Como a visibilidade do local é quase zero, é inviável a atividade de mergulho no local”.