Natural de Andradina, interior de São Paulo, Elo Augusto Ketelhuth, de 71 anos, mais conhecido como “Professor Elo”, faleceu no dia 12 de maio, devido a um infarto, por volta das 4 horas da manhã, deixando familiares, amigos e colegas.
Elo dedicou a vida a lecionar e participar de atividades voltadas à comunidade de Cosmópolis, a qual veio morar, em 1985, quando decidiu trazer sua família para morar perto de centros maiores para que os filhos tivessem melhores oportunidades de estudo.
Com a vinda à cidade de Cosmópolis, conheceu e começou uma amizade, de aproximadamente 33 anos, com o comerciante Paulo Roberto Armelin. “Como Elo veio para Cosmópolis primeiro, sozinho, ele se hospedou na minha casa. Então, eu fui a primeira família 15que ele conheceu. Todos esses anos foram muitos bons, nós éramos como irmãos”, lembra Armelin.
Para a esposa Sueli Ketelhuth, a adaptação com a nova residência foi complicada, mas, logo foram conquistando espaço e confiança das pessoas. “No início, foi difícil, somente o Elo conseguiu se remover. Fiquei em Pereira Barreto com as crianças. Para o Elo, foi mais difícil ainda, nunca tinha ficado longe da família”.
Elo, que era muito reservado em suas conquistas, fez diferenças na vida de muitos alunos com seus 47 anos de magistério. “Como diz o meu filho mais velho, ‘todo o carinho, amor e dedicação não foram somente para os filhos biológicos, mas, também, para tantos outros filhos que a vida lhe deu’”, conta Sueli.
Outra conquista do professor foi a composição do Hino de Cosmópolis juntamente com seu amigo Paulo Armelin, produzida em 2002 para um concurso que a Prefeitura abriu. “A composição da letra foi uma coisa muito gostosa, pois, como gostamos de Cosmópolis, tudo o que víamos, olhávamos com olhar apaixonado pela cidade. Estavam concorrendo cinco ou seis músicas e acabou que a nossa foi a vencedora”.
Elo, que deixou três filhos, Luís Augusto, Isabella e Eduardo, deixou também seus ensinamentos e exemplos vida. “A mensagem que deixamos é de Fernando Pessoa: ‘O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis’”, homenageia a família de Elo. “Esse era o Elo”, enfatizam.
Cosmopolense de coração, Elo marca a história da cidade
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