Cosmopolenses venceram a Sociedade Hípica de Campinas na final, uma das equipes mais tradicionais do basquete regional
Na sexta-feira , dia 03 de dezembro, a equipe de basquete Cosmópolis Blue Wings foi campeã da Liga Metropolitana de Basquete, na categoria sub-21, vencendo a Sociedade Hípica de Campinas na final, por 58 a 53.
Os cosmopolenses enfrentaram a mesma equipe na estreia do campeonato, quando perderam de 75 a 47, e, mesmo assim, deram a volta por cima na final. Felipe Braga, treinador da equipe, comenta sobre a evolução do time no campeonato.
Qual foi o planejamento do time? Entraram na competição como um dos favoritos ou foram surpresa?
Felipe: “Acho que a base de todo planejamento foram os treinamentos.
Em setembro, com o avanço da vacinação e maior segurança, decidimos retomar os treinos em grupo. Porém, notamos que praticamente 100% dos atletas estavam trabalhando no horário comercial e muitos estavam estudando à noite. Então, propomos realizar treinos às 05h30. Para a minha surpresa, o projeto deu super certo e contamos com adesão máxima dos atletas. Complementamos os treinos com uma atividade de sexta à noite e outra de sábado à tarde.
Com tanto tempo de quadra, pudemos aperfeiçoar nosso ataque tornando-o mais versátil (hoje, estamos com uma quantidade satisfatória de movimentações ofensivas) e temos três tipos de defesa de confiança.
O planejamento compôs também treinos físicos em horários extra treino quadra, onde cada atleta buscava se aperfeiçoar dentro das suas possibilidades. E fizemos sessão de vídeo.
Mesmo assim, não entramos como favoritos, uma vez que, dentre os participantes, estava a Sociedade Hípica de Campinas. A Hípica é um dos três maiores clubes de basquete de Campinas (ao lado de Regatas e Tênis Clube). Eles possuem uma estrutura fora de série. Muitos atletas de base têm a Hípica como um alvo, tanto que as peneiras deles são sempre lotadas.
Depois da estreia, ficou clara essa vantagem. Por coincidência, enfrentamos eles no nosso primeiro jogo e perdemos de mais de 25 pontos”.
E como vocês conseguiram se recuperar após tomarem 25 pontos na estreia do campeonato?
Felipe: “Acredito que o segredo para diminuirmos a diferença foi a consistência. Treino após treino, pudemos adicionar elementos que nos tornavam melhores. Em números, para a primeira partida, tínhamos somente três movimentações ofensivas. Para a final, nosso arsenal já contava com mais do dobro. Defensivamente, estávamos mais preparados também. E individualmente, tivemos crescimento técnico e tático.
Mas, tudo isso não foi da noite pro dia. Foram nas constantes sessões de treinamentos.
Destaco também a chegada de três reforços. Brinquei com os meninos antes do jogo que, quando trabalhamos forte, as coisas tendem a nos favorecer. E por obra do destino, dois garotos de Limeira (Henrique Berto e Thiago Forster) puderam reforçar nosso elenco, já que estavam sem clube no momento, e um armador de Padre Paraíso/MG (Werick) na mesma situação”.
Estudaram o time adversário?
Felipe: “Sim, estudamos. Para a final, já tínhamos um plano claro de como defenderíamos. Eles possuem um armador excelente (Felipe Jack), um ótimo arremessador de três pontos (Gabriel Anderson) e um ala-pivô completo (Caio). Uma vez classificados para as finais, trabalhamos formas de defendê-los e minimizar os danos deles (aqui um adendo, eu vou pegar a súmula dos dois jogos e comparar a produção dos três).
Para o armador, revezamos a defesa com os nossos dois melhores defensores de perímetro (Jimmy e Berto) no Jack; para o Gabriel, deixamos defensores fechando a linha de passe com dois atletas de ótima envergadura (Vitor e Bruno); e o Caio foi perseguido de perto pelo nosso ala-pivô, Miguel. Então, estava tudo encaixado. E para nossa felicidade, os nossos meninos executaram muito bem o plano de jogo.
Estávamos confiantes que, com um maior arsenal de movimentação ofensiva e melhora técnica, teríamos mais sucesso no ataque.
O Caio, no jogo de estreia, fez 16 pontos. Na final, fez 4 pontos. O Gabriel caiu de 15 para 11. E o Felipe Jack não jogou no jogo de estreia.
Na estreia, perdemos de 75 a 47. E na final, vencemos de 58 a 53.
A equipe volta às quadras em fevereiro pela Copa Mogi-Guaçu, torneio de pré-temporada. A LMB deve voltar ao final do mês de março”.
