O Ministério da Saúde divulgou o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) o qual indica que 357 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
Entre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas, os municípios de Cosmópolis, Jaguariúna e Paulínia apresentaram estado de alerta, pois, estão com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9%.
Assim, Cosmópolis apresentou dados de 1,3%; Jaguariúna 2,4%; e Paulínia 1,4%.
Mesmo em estado de alerta para o Ministério da Saúde, o supervisor de combate às endemias da Unidade Vigilância de Zoonoses, Edimar Lopes de Almeida, esclarece que assim que detectaram os focos, já realizaram a intervenção. “Fizemos esse levantamento em setembro deste ano. Mandamos para o Ministério da Saúde, mas, foi divulgado apenas agora no final do mês de novembro. Esse 1,4%, quando detectado, sofreu intervenções. Assim, teoricamente, não é para existir mais neste foco, mas podem existir em outros lugares”.
Almeida também explica que “para realizar esse levantamento, nós sorteamos alguns quarteirões do município que concluirão em 600 casas, assim, cada agente da zoonose ficou responsável por um quarteirão, no qual foram recolhidas amostras que foram trazidas para análises, dando o número o percentual de 1,4”.
Os outros nove municípios da RMC apresentaram índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. São eles: Artur Nogueira, Campinas, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré e Vinhedo.
Segundo o Ministério da Saúde, o Mapa da Dengue, como é chamado de LIRAa, é um instrumento
fundamental para o controle do mosquito Aedes Aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes Aegypti.
Ações em Cosmópolis
No município, é realizado diariamente o combate à dengue, zika e chikungunya. “Estamos sempre fazendo visitas nas residências, praças, terrenos e indo a ferros velhos”, diz.
De acordo com Almeida, além das visitas rotineiras, uma estratégia utilizada é deixar as “armadilhas” nas residências. “Colocamos na casa do morador um pote com água e uma paleta que fica em torno de cinco a seis dias; nessa paleta, o mosquito irá colocar seus ovos e, assim, podemos analisar a quantidade recolhida nas casas ou bairros. Existem semanas que não pegamos tanto, em comparação a outros dias que pegamos muitos”.
Prevenção
Segundo o supervisor, o número de dengue tende a crescer no verão, devido às altas temperaturas. “As chuvas não determinam tanto, pois, os mosquitos são intradomiciliares, ou seja, eles estão dentro das casas e, geralmente, quem coloca água dentro dos vasos são os próprios moradores, por isso, as chuvas não determinam tanto”.
Mas, é importante ressaltar que prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, zika e chikungunya. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, assim, as medidas preventivas envolvem o próprio quintal e também os dos vizinhos.