Cada animal tem uma necessidade específica de acordo com sua espécie, raça, idade, sexo e porte
Os animais têm necessidades específicas de acordo com sua espécie, raça, idade, sexo e porte, assim, muitas vezes, seus tutores acabam cometendo erros em suas criações, principalmente, por falta de informações quanto a estas necessidades.
Vejamos alguns destes erros de manejo:
1) Não manter a vacinação em dia – muitos tutores ainda acham que os pets devem ser vacinados apenas quando filhotes e depois não precisa mais, porém, isto não é verdade. Cães e gatos possuem protocolos diferentes de vacinas, mas ambos devem ser vacinados quando filhotes e depois com reforço anual das vacinas, para que estejam sempre protegidos contra as doenças que as vacinas previnem. Prevenir é sempre melhor do que remediar!
2) Higienizar de forma errada – existe uma higienização adequada para cada animal de acordo com a espécie, a raça, o tipo de pelo, a idade, o estado de saúde. Raças de cães de médio e grande porte e pelo médio, por exemplo, podem tomar banho a cada 4 a 6 semanas, já raças pequenas de pelo longo, podem tomar banho toda semana. Os gatos são “autolimpantes” e se higienizam com suas lambidas, portanto até pode dar banho em gatos, mas não com tanta frequência. O ideal é perguntar sempre para o veterinário.
3) Não cuidar da saúde bucal – muitas vezes, os tutores só se lembram da saúde bucal quando já é tarde. Quando percebem o mau hálito e levam ao veterinário, os dentes já estão totalmente cobertos por placas de tártaro e moles. Para prevenir o tártaro, pode ser realizada a escovação dos dentes ou oferecer petiscos e brinquedos próprios. Porém, se já estiver com bastante placas e dentes moles, é necessário realizar uma limpeza e extração dos dentes que não forem possíveis manter.
Natalia Idalgo de Queiroz
Médica Veterinária
CRMV – SP 23.967
4) Não levar às consultas de rotina – normalmente os tutores só levam seus pets para consulta quando estão doentes, mas o ideal seria levar ao menos uma vez ao ano para realizar um check-up, no qual podem ser descobertas doenças desde o início, aumentando as chances de o tratamento ser mais eficiente. Além de que nestas consultas o veterinário fornece as orientações quanto a alimentação, mudanças na rotina e o que mais achar necessário para as novas necessidades do animal conforme for envelhecendo.
5) Manter o animal sedentário – assim como os humanos, os pets também precisam manter o corpo em movimento, porém, com a rotina corrida dos tutores, morar em casas ou apartamentos muito pequenos, o sedentarismo de cães e gatos acaba sendo muito comum. No entanto, é preciso arrumar meios de manter o pet mais ativo para evitar complicações de saúde. Levar o cachorro para passear, montar torres verticais para os gatos, colocar estímulos cognitivos, brincar e estimular o convívio social com outros pets são algumas medidas que ajudam a acabar com o sedentarismo e contribuem para o bem-estar.
6) Não dar a atenção necessária no dia a dia – os animais precisam estar em contato com pessoas e outros animais, já que essa socialização evita que eles criem medos e fiquem agressivos. Não basta apenas fornecer água, ração, limpar a urina e as fezes, tem que dar amor. Normalmente, os tutores que não dão a atenção necessária, não o fazem por mal, mas por não terem tempo ou por terem muitos animais, o que acaba dificultando a interação com todos. Portanto, antes de adotar ou comprar um animal, pense bem se a sua rotina permite um tempo de interação entre vocês.
7) Medicar em casa – automedicar os pets é muito arriscado, primeiro porque o “diagnóstico” e o tratamento feito em casa podem estar totalmente errados. E segundo porque muitas medicações humanas são tóxicas para os cães e gatos, o que pode agravar ainda mais o quadro e até mesmo levar à morte. Portanto, procure sempre um médico veterinário.
8) Não controlar a alimentação – um dos maiores erros é não controlar a alimentação. Ficar com dó e dar o alimento que você está comendo ao pet é totalmente errado, pois muitos alimentos humanos não podem ser fornecidos a eles, já que podem ser tóxicos. Além de que eles precisam ter uma rotina alimentar e comer a quantidade certa nos horários certos, pois a obesidade em cães e gatos tem aumentado cada vez mais devido ao descontrole alimentar proporcionado pelos próprios tutores.
9) Não castrar – deixar de castrar não é propriamente um erro, porém, a castração tanto de fêmeas quanto de machos tem suas vantagens. Gatos e gatas castrados não ficarão querendo fugir tanto de casa, o que evita atropelamentos, envenenamentos, contatos com outros gatos que podem transmitir FIV e Felv, etc. No caso das fêmeas, tanto gatas quanto cachorras, a castração previne a piometra (infecção no útero), problemas hormonais e diminui até a probabilidade de câncer de mama. Qualquer animal pode ser castrado desde que esteja saudável.
Se você já cometeu alguns destes erros, ou ainda comete, sempre é tempo de corrigi-los. Qualquer dúvida sempre entre em contato com o veterinário dos seus pets.
