O ideal seria viajar em horas mais frescas do dia ou à noite e com o ar condicionado ligado
Janeiro é mês de férias escolares e muitas famílias acabam viajando e levando junto seus pets. Mas quais os cuidados necessários para levar o pet junto na viagem?
Os cuidados começam muito antes da programação da viagem. É muito importante, por exemplo, checar a carteira de vacinação com antecedência. As vacinas devem estar em dia e é necessário levar este documento. Remédios para ectoparasitas, como pulgas e carrapatos, devem ser administrados antes da viagem também.
Outra preocupação é com a segurança, sendo indispensável o uso de coleira com identificação, e de preferência gravado o número de telefone do tutor, pois se já é preocupante perder o animalzinho em sua própria cidade, imagina em outra, onde fica muito mais difícil de achar. O uso de microchip também é uma opção.
É muito importante também manter o pet hidratado durante a viagem. O recipiente de água deve estar sempre a mão, e é necessário fazer paradas a cada duas ou três horas para oferecer sempre água fresca e limpa, caminhar um pouco e ver se ele faz xixi e cocô. Se for uma viagem curta, nem ofereça comida, pois pode provocar vômitos. Antes da viagem, também não ofereça grande quantidade de comida, e se possível, faça um jejum de quatro horas de alimentos sólidos e uma hora de água, para evitar enjoos.
O ideal seria viajar em horas mais frescas do dia ou à noite e com o ar condicionado ligado, já que os pets sofrem muito com o calor combinado ao estresse da viagem. Os gatos devem ser transportados em caixas de transporte próprias e os cães precisam usar o cinto de segurança, ou a cadeirinha ou a caixa de transporte próprios.
Além das malas dos tutores, a mala do pet também precisa ser feita com seus acessórios pessoais, shampoo, pente, toalha, secador de cabelo, lenços umedecidos, tapetes higiênicos, saquinhos plásticos, ração, petiscos, brinquedos, etc., pois eles também têm suas necessidades.
Uma boa dica para viagens de carro com cães é “cansar” o cãozinho dias antes e até mesmo no dia da viagem, com muitos passeios e brincadeiras, pois quanto mais cansado ele estiver, mais tranquila será a viagem para ele.
Os tutores devem se atentar sempre aos requisitos impostos pelo Código de Trânsito Brasileiro para evitar multas. E no caso de viagens aéreas ou de ônibus, é necessário entrar em contato com a companhia e seguir todas as orientações exigidas por ela, que normalmente são a carteira de vacinação em dia, um atestado de saúde do pet feito por um médico veterinário e o uso da caixa de transporte, mas esses requisitos podem variar de acordo com a companhia e destino da viagem.
Mas será que sempre é viável levar o animalzinho na viagem? Será que em alguns casos não seria até melhor para o bem estar do pet se ele ficasse em casa? Para tomar uma decisão mais acertada é preciso que alguns fatores sejam levados em consideração. O tempo de viagem, o destino, o período de estadia, custos, idade do pet, estado geral de saúde, além do bem estar durante o trajeto e também no local de estadia, são os principais fatores a se considerar.
Deve-se colocar na balança o quanto a viagem será prazerosa e segura para o pet, ou se será mais prazeroso e seguro permanecer em casa com algum familiar ou com uma pessoa contratada para ir na própria casa cuidar do pet (pet sitter) ou até em um hotelzinho especializado, já que para alguns animais viajar pode ser muito estressante.
Escolha a melhor opção para seu pet, ir junto passear ou permanecer em casa com todos os cuidados e boas férias!
Natalia Idalgo de Queiroz
Médica Veterinária
CRMV – SP 23.967
