O cultivo de hortas dentro de casa vem se mostrando algo muito além de plantio e colheita. Amanutenção da mesma pode mostrar-se tão benéfica à saúde física quanto à mental.
Tal ideia é sustentada por Márcia Constantino Machado de Queiroz, proprietária da Primor Paisagismo. “Ter isso ao meu redor possui uma importância sentimental. Vivi a vida inteira perto do verde, por isso, hoje, não posso ficar sem. E faz bem para qualquer um cultivar plantas e temperos. Além da melhoria no ambiente, ter a acessibilidade a tudo aquilo que você gosta não tem preço”, comenta.
Márcia explica que o fundamental para o cultivo de uma horta é entender o que se deseja plantar. “Pesquise sobre o que gosta. Entenda as necessidades daquela planta, se precisa de muito sol ou não. Se a umidade da mesma deve estar sempre alta ou não. É fundamental para o crescimento de qualquer espécie”.
E, na prática, Maurici de Campos pode confirmar as palavras da paisagista. Com 46 anos de idade, o cosmopolense possui uma horta inteiramente orgânica no quintal de sua casa. “Eu sempre tive o costume de plantar alguns temperos e de criar galinhas, até porque vim de uma família de sitiantes, mas, após me casar, passei a aumentar o número de hortaliças no quintal. Posso dizer que aprendi muito sobre cada uma delas, e convicto afirmo que exige de nós muito tempo e paciência”, comenta.
Maurici e sua esposa, Nilza da Cruz Campos, de 47 anos, afirmam que tudo aquilo que criam são de grande benefício para a mente. “É lindo ver tudo crescer. Nessa jornada, aprendi a apreciar todos os legumes e verduras, apenas pelo contato com os mesmos desde os primórdios de seu plantio”, conta Maurici.
A princípio, tudo aquilo que plantavam visava apenas o consumo da família. “Chegávamos a doar algumas coisas, mas, sempre pensávamos em nossa mesa. Após a saída do meu marido da antiga empresa onde ele trabalhava, entramos de cabeça no ramo e passamos a comercializar também. Hoje, todos que compram, adoram! Sempre nos elogiam, pois, conseguimos cultivar tudo isso sem nenhum tipo de agrotóxico”, explica Nilza.
E para manter tudo inteiramente orgânico, Maurici buscou aprender a manusear inseticidas naturais. “É obvio que borboletas e passarinhos virão comer as folhas, por isso, uso água e vinagre para espantá-los. Com relação às alfaces, rúculas e espécies do tipo, construí uma pequena estufa, que é uma dica que dou para quem tem mais espaço. Vale a pena e não agride nem a planta e nem os bichos”, pondera.
“Há muitas variedades aqui que podem ser plantadas em pequenos locais, como salsinha, cebolinha, hortelã. Não é preciso ter um espaço muito grande para cultivar uma horta, apenas paciência, tempo e gosto pela área”, continua.
Márcia Constantino também aconselha plantios simples como estes. “Procure plantar em canteiros, independente se forem altos ou baixos. Ter os temperos que amamos em nossa casa, de fácil acesso é, sem dúvidas, maravilhoso. Busque uma boa iluminação solar e, sobretudo, goste!”, conclui.
A horta de Maurici localiza-se na Rua Luiz Leflock, 180, em frente ao restaurante da Dona Maria.