O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Dalva Martins Petch. Natural de Solânea – PB, hoje ela é Terapeuta, Pedagoga, Coach e Estudante. Dalva fala sobre sua vida na cidade num jogo rápido de perguntas e respostas. Acompanhe:
Há quantos anos mora aqui?
50 anos.
O que mais gosta na cidade?
Os amigos que fiz.
O que você mudaria em Cosmópolis?
Precisamos de lazer e emprego.
Fale um pouco sobre sua profissão:
Sempre tive um olhar de compaixão e reciprocidade para o
próximo, amo o ser humano, então, encontrei na terapia uma forma de cooperar com o próximo e estar em paz comigo e com o mundo.
Como diria Carl Jung:
“Conheça todas as Teorias, domine todas as Técnicas, mas ao tocar um ser humano, seja apenas outro ser humano”.
Isso faz todo sentido para mim; quando ouço alguém, sou uma alma humana, com todo respeito, penetrando o mundo de conflitos e, muitas vezes, dores da outra alma humana. Procuro olhar junto de forma a levar um bálsamo e os benefícios se espalham em todos os setores da vida.
Como foram sua infância e adolescência?
A infância foi bem desafiadora. Minha mãe, viúva, com 7 filhos; literalmente, repartíamos o pão, mas esse repartir me fez ser quem sou e a falta de brinquedos não me fez parar de brincar, ao contrário, me deu uma criatividade incrível. Cheguei ganhar vários concursos de contadora de histórias porque eu as inventava em minha imaginação!
Tive muito amor da minha mãe e meus irmãos e isso me fazia acreditar que eu fazia parte da realeza (risos).
A adolescência chegou e, com muita alegria e espontaneidade, fiz muitos amigos e a casa vivia cheia. Minha mãe dizia que eu tinha mel e que quando eu morresse não precisaria de mais flores (risos). Ganhei muitos arranjos lindos de flores, apesar de me achar o patinho feio!
Mas tudo muito saudável, hoje, compreendo que tudo foi uma construção para a vida adulta e que precisamos passar por esses desafios.
Que dica você daria aos jovens cosmopolenses?
Eu diria aos adolescentes para eles mesmos que estão em busca de serem vistos se olharem no espelho e dizerem a si: Eu vejo você!
E ter atenção para aquilo que carregará por uma vida toda.
Amanhã você pode não querer mais.
Quais são seus planos para o futuro?
Desejo que meu trabalho seja reconhecido e que, por meio dele, vidas sejam transformadas.
Deixe uma mensagem para os leitores:
Vou citar aqui mais uma frase de Carl Jung: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.
Tudo o que precisamos está dentro de nós.