Uma pesquisa feita por cientistas do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas de Magdebugo divulgou que dançar pode ajudar pessoas mais velhas a reverter sinais de envelhecimento no cérebro, além de contribuir no tratamento e prevenção de Alzheimer.
De acordo com a pesquisa, 26 idosos participaram da análise e foram divididos em dois grupos: o de dança que contava com pessoas de 67 anos e a outra turma que fazia exercícios de resistência e flexibilidade, sendo a maioria de 69 anos.Durante 18 meses, os idosos foram analisados e o resultado constou que os dois grupos tiveram melhora no funcionamento do hipocampo, região relacionada a doenças, como o Alzheimer.Mas, o grupo de dança apresentou aumento significativo na melhora do equilíbrio. Para a professora de dança de Cosmópolis, Janaina Aguiar, ao dançar, os idosos estimulam os movimentos e assim se forçam a lembrar. “Os passos, os movimentos, a velocidade e o ritmo fazem com que as pessoas mais velhas memorizem”.
De acordo com Janaina, os benefícios da dança são muitos, além de combater algumas doenças, como o Alzheimer, e também ajuda no emocional.
Devem ser oferecidos aos idosos diferentes gêneros de música, como dança de salão, axé, jazz e zumba. “Cada professor modifica a aula, dependendo da idade de seus alunos, por isso, todos podem praticar qualquer aula, mas cada um deve conhecer também seu limite”.
Lar dos Idosos
O Lar dos Idosos Irmã Rosália realiza, esporadicamente, alguns bailes para os moradores, sendo de aniversário ou datas especiais.
Segundo a auxiliar administrativa, Ieda Maria dos Anjos, os idosos, ao saberem que irão participar dos bailes, se sentem mais alegres. “Os idosos não têm mais com o que se preocupar e, quando dizemos a eles que teremos bailes, isso faz com que fiquem ansiosos e que trabalhem a mente”.
A moradora Diva Stuck, de 88 anos, é um dos exemplos que Ieda cita. “Ela não perde uma música dos bailes que fazemos; ela dança sorrindo e sentimos que a autoestima dela está sempre alta. Para ela, é como se estivesse nos Bailes da Usina, que frequentava quando jovem”.
Além de Diva, o outro morador do Lar, Carlos Potente, de 80 anos, também teve seu comportamento melhorado depois de interagir com os bailes realizados na entidade. “Quando ele veio morar aqui no Lar, Carlos ficava sentado em um canto apenas curtindo as músicas do passado e hoje ele interagi dançando”.
Para finalizar, Ieda ressalta que dançar é um momento de alegria para as pessoas mais velhas e que beneficia tanto o lado da saúde, o emocional e o corporal.