1938 – Há exatos 85 anos – ‘Jardins cosmopolenses’, ‘Praça da Estação’, ‘Praça do Coreto’, em destaque a Praça Major Arthur Nogueira Ferraz, referência histórica de gerações, sobretudo imigrantes europeus, marco do progresso e nascimento da “Villa Cosmópolis”.
Na imagem, evidencia o velho coreto da praça, projeto incorporado nos distritos e villas campineiras, realçando os seus balaustres e ornamentos em madeira maciça (cedro e peroba), telhado com duas caídas, sendo as aberturas criadas como difusores do som nas apresentações, piso hidráulico paulistano, e o icônico térreo da edificação, concebido originalmente como detenção aos ‘transgressores das normas de bons costumes’ e ‘cura de ressaca aos bêbados’, mas que serviu na realidade para armazenar as ferramentas do “chefe geral dos jardins”, e o estúdio técnico do famoso “Serviço de Alto-Falantes A Voz de Cosmópolis”.
Passeios públicos de terra batida com cascalhos de pedra, bancos de ferro forjado e madeira, inúmeros arbustos com suas folhagens “faceiradas”, minuciosa poda realizada pelo zeloso jardineiro da praça, registrado com seu carrinho e ferramentas na esquerda da foto.
Ao lado esquerdo, a rudimentar cerca de mourões de jacarandá e fios de aço, delimitando o espaço da praça e os perímetros de segurança aos pedestres. Naquele ponto, havia a passagem férrea das linhas dos trens da Cia Sorocabana, estando localizada a poucos metros, a velha Estação, inaugurada oficialmente em 1899. Na praça, muito antes da sua estruturação como espaço público, as imediações atraíam os mais diversos frequentadores, sobretudo namorados, reunidos nas sombras das árvores para ver as chegadas e partidas dos trens.
Texto: Adriano da Rocha
Curta e siga: @Acervo Cosmopolense
Foto: Luizinho Ferreira