De volta ao passado

Nesta semana, dia 09 de julho, completaram-se 89 anos da “Revolução Constitucionalista de 1932”. Aos paulistas, data símbolo do Estado de São Paulo, em memória da “Guerra dos Paulistas” pela “liberdade e democracia de todo o povo brasileiro”. É considerada a data mais importante do Estado, instituindo o único feriado oficial de São Paulo. Extremo paulista na luta pela liberdade de toda a nação, único marco popular nacional contra um regime ditatorial.
Em Cosmópolis, então distrito de Campinas (maior centro constitucionalista do interior), os períodos da revolução foram marcados por dias difíceis. Estrategicamente pela proximidade com os centros militares de Limeira, Piracicaba e os acessos ao sul de Minas, Cosmópolis tornou-se passagem das tropas constitucionalistas, assim como uma das centrais da inteligência militar, instalada no extinto “Sobrado” da Usina Ester. A família Almeida Nogueira, proprietária da usina, estava entre os principais dirigentes constitucionalistas.
Ameaças de bombardeios aéreos federais, trincheiras na Avenida Ester e outros acessos, invasão das tropas getulistas e “saques de despojos” assinalam os momentos vividos pelos moradores de Cosmópolis.
Em destaque, uma raríssima imagem das tropas paulistas, então registradas nas trincheiras criadas na região do “Morro Castanho”. A maioria das fotos e documentos foram destruídas no fim da revolução, evitando perseguições pelas tropas getulistas.

Texto: Adriano da Rocha (Curta e siga @Acervo Cosmopolense)