Maio de 1944 – Há exatos 77 anos – Em destaque, os principais membros da “Comissão Pró-Emancipação de Cosmópolis”, o “grupo dos emancipalistas”, conhecidos popularmente como os “Libertadores”. Nome alusivo, apelido pela conquista da desanexação territorial de Campinas, a sonhada emancipação política e administrativa de Cosmópolis.
Representando a população do distrito de Cosmópolis, então o mais progressista e lucrativo de Campinas, enfrentaram anos de verdadeiras batalhas, iniciadas nos anos 1930.
A emancipação era considerada como um sonho de “villeiros”, julgado impossível nas esferas políticas e judiciárias, arregimentadas na mais severa ditadura militar brasileira, comandada pelo Ditador Getúlio Vargas.
Eram voluntários de vários setores cosmopolenses, comércio, indústria, agricultura e política, custeando com recursos próprios, as constantes viagens para a capital federal, então a cidade do Rio de Janeiro, caríssimas documentações regimentais, aos mais diversos trâmites legais e políticos, necessários para a criação do município de Cosmópolis.
Em destaque, iniciando ao fundo em pé, estão: José Maria Guarda, Carlos Leopoldo Böttcher, Caetano Achiles Avancini, Ponciano Tonussi e Antônio Tognoni. Sentados: Nilton Costa Couto, Deputado Professor Romeu de Campos Vergal (representante escolhido na esfera federal e estadual), Dr. Moacir do Amaral e Dr. Orlando José Kalil Aun.
Importantes personagens, fundamentais nas lutas pela emancipação política e administrativa de Cosmópolis, oficialmente conquistada pelo empenho dos memoráveis emancipadores, em 30/11/1944.
“Atingiu nosso distrito um grau de desenvolvimento que preenche todos os requisitos para elevação a município. Cosmópolis é uma das maiores, se não a maior, dos distritos de paz do Estado de São Paulo. A sua renda sobe muito além de outras cidades da região, acompanhando o ritmo e progresso de São Paulo. Com a autonomia administrativa, um novo e indiscutível impulso levará o município de Cosmópolis a duplicar sua importância, indiscutível. Será que Cosmópolis, para o futuro, irá fazer a única exceção no Estado? Será isso possível?” (…), escreve Dr. Orlando José Kalil Aun, em publicação ao jornal Diário do Povo, Campinas 28/10/1938.
Texto Adriano da Rocha (Curta e siga @AcervoCosmopolense) / foto Acervo Filhos da Terra
