Já é de praxe a população ter uma preocupação muito maior com o mosquito Aedes Aegypti no verão. Nesta época do ano, as temperaturas elevadas, aliadas às constantes chuvas, favorecem a proliferação do inseto transmissor de doenças.
Contudo, no verão de 2016, a preocupação é duas vezes maior. Diferentemente dos outros anos, a dengue não é a única doença que assusta a população, mas, sim, apenas uma delas. O Zika Vírus também está muito presente na mídia com a tese de estar diretamente ligado ao problema com o surto de microcefalia nos nascimentos dos últimos meses em todo o País. Outro vírus que virou alvo da preocupação é o da Febre Chikungnya com registro de casos em toda a região no último ano que passou.
Esta é a primeira vez que o brasileiro enfrentará a circulação de três tipos de vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti.
As três doenças possuem sintomas parecidos, não possuem tratamentos específicos e têm consequências muito distintas. A semelhança dos sintomas é ainda uma dificuldade a ser enfrentada. A febre, por exemplo, pode aparecer em todos os casos, mas, na dengue, é mais elevada. Outro sintoma específico são as manchas vermelhas pelo corpo que estão em diferentes graus de intensidade e nos três tipos de vírus transmitidos pelo mosquito.
Edimar Lopes de Almeida é Supervisor da Unidade de Vigilância de Zoonoses e confirma. “Realmente, o Zika e a Dengue possuem uma semelhança por causa do vírus. Eles possuem uma mesma classificação viral, já a febre Chikungnya é de outra classificação. É importante lembrar que o principal foco da dengue está dentro das residências. O clima contribui, mas, o maior cuidado, independentemente da estação, deve ser tomado pelos proprietários das residências”.
No caso da dengue, segundo o site oficial do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, a cidade de Cosmópolis registrou, desde o início de 2014, um total de 983 notificações com 546 casos confirmados até o momento; 17 desses casos são importados. O município ainda não registrou nenhum caso dos demais tipos de vírus. Mesmo assim, os cuidados para evitar esse grave problema devem ser tomados: A população deve ficar atenta para evitar água parada em qualquer recipiente e manter caixas d’água e piscinas fechadas, já que os maiores criadouros estão concentrados dentro das residências. Além disso, nesta época do ano, é comum que as famílias viagem, deixando a residência fechada por vários dias consecutivos. Por este motivo, é necessário conferir se as calhas estão limpas, manter as lixeiras bem fechadas e não deixar qualquer possibilidade de acúmulo de água, no caso de chuvasna ausência dos proprietários.
