A dermatite atópica, uma doença inflamatória da pele que causa coceira, vermelhidão, irritação, perda de pelos e feridas na pele, tem ficado entre as mais comuns nos cães.
A clínica veterinária Vila Bicho, do médico veterinário Adriano Poletti, em média, por ano, atende cerca de 10 animais. “Considero um número alto, pois, é uma doença grave para o animal”.
Segundo Poletti, o cão que tem a dermatite atópica, geralmente, tem alergia à poeira, alimentação, ao contato com roupas e a produtos específicos para banho, que ajudam para o desenvolvimento da doença.
Quanto à alimentação, as diversas proteínas podem ajudar no desenvolvimento da patologia. “O animal que tem alergia alimentar pode ter alergia a todas as rações devido à fonte proteica. Por isso, quando diagnosticamos o animal, nós tentamos alterar a fonte de proteína, podendo ser de coelho, cordeiro, rã e peixe. Mas, muitas vezes, o cão também é alérgico a essas outras fontes. Nesse caso, temos que alimentar o animal com rações hipoalergênicas”, esclarece.
O veterinário também explica que os cães pré-dispostos a terem a doença são de raças puras, já os sem raça são mais raros. “Os cães que costumam ter a doença são: Pug, ShihTzu, Lhasa, ChowChow, Akita, Bulldog e Pastor Alemão”.
Além disso, a dermatite atópica canina está geneticamente condicionada, ou seja, depende do histórico familiar do animal.
Diagnóstico
O diagnóstico da atopia canina é normalmente um diagnóstico clínico. Assim, é baseado nas lesões apresentadas pelo cão e na exclusão de outras causas.
Tratamento
A doença não tem cura, mas, a alergia pode ser controlada por medicações de uso contínuo. “Nós vamos medicando o animal durante os meses e reduzindo conforme o progresso do tratamento”.
Por isso, é possível tratar para diminuir os sintomas, mas, o tratamento será para a vida toda do cão.