Mesmo na luta diária, não deixa de ser vaidosa. Sempre faz unhas e cabelo e toma os cuidados para trabalhar exposta ao sol
Lucila Maria Sacchi Trevisan nasceu no antigo bairro da Usina Ester, colônia Pitangueiras e se mudou para o sítio, no qual vive até hoje, aos 6 anos de idade, após a terra ser comprada por seu pai, no bairro Santo Antônio. Assim como muitos de sua época, a infância de Lucila foi marcada desde cedo pelas atividades feitas na roça, as quais ela realiza até hoje. Ela ajudava muito sua mãe com as tarefas diárias. Com o passar dos anos, ela trabalhou com burros, bois e, hoje em dia, com tratores.
Ela diz que sempre foi muito ativa. “Não paro de trabalhar. Tiro leite, fico correndo atrás de gado…” Ao ser perguntada se a idade atrapalha, ela nega: “Não pretendo falar”. Vaidosa, faz unha, cabelo e toma os cuidados para trabalhar exposta ao sol.
Aos 22 anos, ela se casou com Luis e depois teve dois filhos: Luiz Antonio e Carla. Hoje, têm três netos: Isabela, Leonardo e Pietro.
Lucila possui uma rotina cheia. Levanta todos os dias cedo para fazer café, suco, salgados, pastéis, para abastecer a banca de sua família, na Rodovia SP 133, km 14.
Após isso, ela tem de tratar das vacas e dos animais do sítio, incluindo tirar leite das vacas.
Com essa rotina pesada, o almoço acontece na hora em que ela pode, as tarefas não permitem uma rotina regrada.
Ela realiza muitas atividades no sítio, desde trabalhar arduamente na roça até dirigir trator. Lucila também confidencia que “ama fazer compras no supermercado”.
Seu espírito é de independência. Sua neta, Isabela, diz que Lucila nunca esperou que ninguém fizesse nada, sempre foi lá e fez. A família sempre está unida, sua presença é muito importante e, com certeza, um exemplo para sua família. Seu filho Luis Antonio Trevisan diz que “ela sempre foi muito trabalhadora, muito proativa e, além de tudo, uma ótima mãe”.
A família já trabalhou com diversos tipos de cultura na roça: arroz, feijão, milho, cana… E mesmo quando faltava trabalho, trabalhavam com os vizinhos, que os pagavam pelo dia de trabalho.
A banca da família foi criada após o marido de Lucila se aposentar de seu trabalho na Usina Ester e começar a vender caldo de cana. Aos poucos, a demanda foi aumentando. Compraram um trailer, onde vendem, das 5h às 17h, café, suco e outros produtos desejados pelos clientes, entre os quais muitos são caminhoneiros.
