Em Atos 16:30-32, lemos: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa”. A unidade da salvação de Deus não são indivíduos e, sim, a família. Por meio de tantas passagens espalhadas por todo o Antigo e Novo Testamento, podemos perceber quão amplo é o coração de Deus e quão claro é o alvo Dele quanto à salvação que Ele quer operar.
No diálogo entre o carcereiro e os apóstolos Paulo e Silas, encontramos preciosas verdades que os pais precisam levar em consideração. Podemos inferir pelo texto que, durante anos, o carcereiro apenas trabalhava e cuidava da necessidade física da esposa e dos filhos. A vida humana para ele não passava de uma luta pela sobrevivência. Parece que essa é a forma como muitos pais estão vivendo. Que refeições faremos amanhã, o que nossos filhos serão no futuro, em que faculdade estudarão e, outros: por que a vida é injusta conosco? – essas são perguntas que possivelmente dominam o seio de muitos lares.
Mas àquela noite, os chocantes episódios que aconteceram no interior do cárcere despertaram aquele homem do sono – não do sono físico, mas do mais profundo sono em que alguém pode estar, o sono espiritual. O carcereiro foi despertado para as coisas mais elevadas da vida humana, para os assuntos que estão bem acima da sobrevivência. Naquela noite, o carcereiro foi iluminado e viu coisas que nunca tinha testemunhado antes: que alguém preso pode estar livre e alguém livre pode estar preso.
Percebendo de súbito que ele é quem estava preso, disse: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” Naquela ocasião, não somente os alicerces da prisão foram abalados pelo terremoto, mas, sobretudo, o coração do carcereiro. A resposta dos enviados de Deus a ele foi: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”
Então, eles pregaram a Palavra de Deus e ele foi salvo. Se a salvação fosse experimentada somente por ele, poderíamos dizer que a unidade da salvação envolve somente uma pessoa. Mas, a história não termina aqui; o texto sagrado sugere que o interesse de Deus abrange muito mais pessoas, abrange toda a família. Todos os pais precisam crer na promessa de que a salvação que Deus tem para eles envolve também os filhos.
É importante vermos que a salvação foi estendida a toda a família no momento em que o carcereiro se rendeu primeiro. Se os pais se renderem primeiro ao Senhor, então, a salvação se estenderá aos demais. O que é necessário acontecer para a salvação ser operada? Ter a estrutura do coração abalada, ser iluminado pelo Senhor, reconhecendo sua condição caída, experimentar em primeiro lugar a salvação de Deus e permitir que a Palavra de Deus seja levada à sua casa.
Muitos pais querem que seus filhos se decidam pelo Senhor mas têm muito pouca experiência de salvação, pouco impacto, pouca consagração. Naquela manhã, ao se dirigir para casa, para estar junto da esposa e filhos, não era o carcereiro apenas que ia, mas um esposo-pai que conheceu o poder de Deus e que desejava que todos os seus experimentassem o mesmo que ele. Os apóstolos pregaram a Palavra e eles creram também.
Por esse texto, podemos concluir que o carcereiro não só guardava as portas para os presos não saírem, mas sem saber guardava a porta da casa dele para a salvação não entrar.
A grande lição que podemos extrair desse episódio é que os pais são os maiores responsáveis por permitir o acesso da salvação em seus lares. Se abrirmos a porta de nosso coração ao Senhor, Ele entrará pelas portas de nosso lar para levar a salvação a todos que estão ali. O resultado será uma alegria indizível e um permanente banquete sendo servido a cada dia (16:34).
Igreja em Cosmópolis
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Reuniões: Domingo, às 9h;
Segunda e Sábado, às 20h.