Desvalorização do casamento está mais comum entre jovens, diz psicóloga

Atualmente, os jovens têm pensado muito mais em suas individualidades, ou seja, os planos estão mais voltados para a busca da felicidade, da realização pessoal e da realização profissional. Desta forma, se dedicam muito mais ao trabalho e aos estudos, do que à questão de constituir uma família.
Para a psicóloga Marina Ceroni, o resultado disso traz a desvalorização do casamento. “As pessoas pensam menos no casamento porque, nos dias atuais, são colocadas outras prioridades para os seres humanos. O conceito de ‘ser feliz’, que antes era visto como ter filhos e constituir uma família, hoje se

Marina Ceroni Psicóloga CRP – 06/137885 Telefone: (19) 974123504 Facebook: Psicóloga Marina Ceroni E-mail: marinaceroni@hotmail.com

baseia em realizar-se individualmente, tanto profissionalmente, quanto emocionalmente”.
Antigamente, o casamento tinha função de ordem econômica e social, ou seja, se casar fazia parte de um costume das famílias, muitas vezes, com cunho religioso, a fim de preservar as classes sociais impostas na época. “Além disso, o casamento estava totalmente ligado ao conceito de formar uma família, as pessoas se casavam para dar continuidade às gerações”.
Segundo Marina, a partir da década de 70, este cenário foi se modificando devido às transformações sociais. “As pessoas foram adquirindo autonomia nas relações afetivas, na reprodução e no trabalho, colocando o casamento abaixo das prioridades para ambos os sexos”.
Além disso, o pensamento de se casar cada vez mais tarde está sendo imposto na vida das pessoas devido às mesmas questões, onde os jovens dão prioridades às suas realizações pessoais e profissionais. “Então, eles se preocupam em estudar, ter uma profissão, ganhar dinheiro, conseguir estabilidade financeira e conquistar sua própria independência antes de pensarem em casamento”.
Ainda é possível considerar que homens e mulheres estão iniciando sua vida sexual mais cedo e casando mais tarde, permanecendo mais tempo na casa dos pais. “Alguns também optam por terem várias experiências conjugais antes do casamento, ou convivem com seus parceiros sem legalizarem efetivamente uma união estável”.
Assim, o casamento não ocupa mais uma posição de destaque entre os projetos de vida dos jovens.